Durante a COP26 (26ª edição da Conferência das Nações Unidas Sobre as Mudanças Climáticas), o ESG foi um tema amplamente debatido pelos líderes presentes, em luz dos avanços do aquecimento global e com a intenção de incluir as empresas e instituições de uma forma mais ativa nessa causa.
ESG é uma sigla em inglês que significa Enviromental, Social, Governance (Governança Ambiental e Social, em tradução livre ao português).
Sua premissa visa adotar melhores práticas de relacionamento interno na empresa e passar adiante ensinamentos que ajudem a motivar atos pró-sustentabilidade por todos na empresa, desde os hábitos individuais de funcionários até a forma como a empresa utiliza seus recursos, reavaliando o possível impacto ambiental que tem causado.
Segundo um esboço do Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o clima, as chuvas devem diminuir entre 10% e 20% nas regiões Sul e Leste da Amazônia e no Centro do Brasil, baseado no 1 bilhão de toneladas de carbono lançados na atmosfera entre 2010 e 2018 na área brasileira da Floresta Amazônica, resultado das queimadas ilegais, uso exagerado de combustíveis fósseis e indústrias e fábricas utilizando ou cultivando energia não-limpa.
Essas alterações climáticas já podem ser sentidas em todos os biomas brasileiros. Em um primeiro momento, o fato de apenas a temperatura estar se alterando não parece ser problemático para o presente, mas isso terá consequências devastadoras em um futuro não muito distante, se não mudarmos o nosso rumo.
O Cerrado e a Caatinga estão se tornando cada vez mais quentes, ao ponto de que podem se transformar em desertos. A Mata Atlântica parece avançar para as regiões dos Pampas, no Sul do Brasil, mudando a vegetação local, o que representa a alteração do ecossistema.
Nesse cenário, a economia circular ganha destaque nas empresas, pela responsabilidade ambiental que agora todos devem seguir, em nome da preservação da vida no planeta e do combate ao aquecimento global.
A própria população tem se demonstrado cada vez mais preocupada com as questões ambientais, não apenas no sentido de cada um fazer a sua parte com processos de reciclagem e economia de energia, por exemplo, mas também cobrando das marcas produtos que tenham um processo de fabricação menos danoso ao meio ambiente, além de causas e iniciativas promovidas para ajudar com a causa.
Para que um negócio seja respeitado nos dias atuais, é bem mais do que simplesmente ser aquele com o melhor produto, mas também aquele que tem os seus valores alinhados com os de seus clientes e que verdadeiramente defenda essas ideias.
O processo de aplicação do ESG requer um período mais extenso, uma vez que é feita a conscientização de todos os funcionários e executivos, há o preparo e a pesquisa. E o que mais vale aqui é o exemplo que é passado quando se começa a fazer isso dentro da própria empresa. Inspirando as pessoas, os consumidores e as suas próprias equipes internas, como um bom gestor deve fazer.
Um dos objetivos do time de gestão é guiar a sua equipe para o sucesso, mas de forma ética e humana — agora mais do que nunca.
Para quem está à frente de um negócio, é preciso estar realmente junto com os seus colegas e funcionários, trabalhando lado a lado, escutando as ideias e enxergando como aqueles que serão os disseminadores da mentalidade e das ações da empresa.
O mesmo vale para a sociedade e suas necessidades, que é como coisas como o ESG surgiram. Às vezes é importante deixar os resultados e números momentaneamente de lado para olhar e ouvir a parte mais humana do trabalho e das pessoas em geral, algo que é infelizmente muitas vezes esquecido, mas aqueles que praticam essa boa ação saem ganhando no fim.
Além do investimento em produtos e serviços, acompanhar as tendências em sustentabilidade adiciona valor à marca e deve estar no plano estratégico das empresas de todos os portes.
Um dos primeiros passos para adotar um posicionamento mais sustentável e preparar a empresa para realizar uma transição ao ESG, é utilizar um sistema de ERP na organização interna, como a ONCLICK já faz.
Assim, é possível que os gestores possam analisar detalhadamente os gastos de matéria-prima e otimizar o uso de máquinas e outros equipamentos a partir de dados reportados nas planilhas criadas pelo software de ERP.
Fica a reflexão para o ano que está iniciando.