Ouro: vale a pena investir em 2022?

Ao longo da história, o ouro sempre foi a “moeda” de emergência do planeta, sua capacidade de agregar valor foi extremamente disputada ao longo dos séculos, fazendo assim o metal mais desejado na história da humanidade e mais popular no campo dos investimentos.

Contudo, ao longo dos anos, o metal foi perdendo esta característica de protagonista do sistema econômico para se tornar apenas um figurante, por isso surge a dúvida: ainda vale a pena investir em ouro em 2022?

Por que investir em ouro?

Primeiramente, é necessário entender porque as pessoas ainda investem em ouro. Atualmente o ouro funciona como um ótimo instrumento de diversificação de sua carteira de investimentos, principalmente para se proteger durante crises. Afinal o metal precioso é um ativo físico, com lastro e uma demanda praticamente garantida, assim, o ouro não sofre muitas variações degradativas mesmo em momentos catastróficos.

Por exemplo, no auge da crise do Coronavírus, no ano passado, enquanto a bolsa de valores sofria danos severos graças as decorrências do vírus, o preço da onçatroy (1 onça troy = 31,1034 gramas), bateu recorde, fechando a mais de US$ 2 mil.

Então é completamente seguro investir em ouro? E a resposta é: nem sempre.

O ouro, assim como qualquer outra commoditie, está sujeito as variações de oferta e de demanda. Assim, pode-se dizer que a oferta desse ativo depende da capacidade das jazidas de extração, e a demanda depende exclusivamente das oscilações do mercado.

Por isso, pode-se dizer que os valores do ouro irão oscilar periodicamente, muito mais do que ativos de renda fixa, por exemplo.

O efeito das crises

Conforme citado, o Ouro é uma ferramenta importante em tempos de crise. Afinal, suas propriedades de reserva de valor superam as moedas fiduciárias e o mercado de ações. Portanto, quando estas classes mais populares estiverem em queda, o Ouro vai corrigir este movimento em sua carteiras de ações. Confira o gráfico abaixo da cotação do Ouro futuro nos últimos anos:

Rapidamente conseguimos perceber três pontos de quebra de resistência. No entanto, o que realmente é interessante de se observar, é o momento em que esses rompimentos ocorreram, enquanto fazemos uma relação com a economia mundial.

O primeiro ciclo de alta aparece ao fim de 2008. Você se lembra de alguma movimentação importante do mercado financeiro neste ano? A temida crise do Subprime ruiu o mercado americano de ações, uma crise praticamente sem precedentes. Após o movimento, o Ouro mostrou sua força, e ganhou valor enquanto o mercado se estabilizava nos próximos anos.

Este ciclo de valor só foi novamente rompido em 2020. A “coincidência” é uma nova crise: a pandemia Covid.