Esse post tem como objetivo tranquilizar – ou alertar – o investidor e esclarecer como os atos ocorridos ontem na capital federal influenciam o comportamento de investidores do mundo todo. Uma breve análise. Antônio Tebet, em suas redes, questionou se o mercado reagiria mal ao acontecimento ou só o faz quando o assunto é “dar…
Esse post tem como objetivo tranquilizar – ou alertar – o investidor e esclarecer como os atos ocorridos ontem na capital federal influenciam o comportamento de investidores do mundo todo. Uma breve análise.
Antônio Tebet, em suas redes, questionou se o mercado reagiria mal ao acontecimento ou só o faz quando o assunto é “dar comida pra pobre”. Tebet não sabe – ou sabe, e age por má fé ou, ainda, ideologia – mas os mercados não operam aos fins de semana. Estou escrevendo esse artigo na madrugada de domingo pra segunda. Nesse momento, as bolsas de todo o ocidente estão fechadas. Mas, posso arriscar parte do meu patrimônio que amanhã a bovespa amanhecerá com uma não tão brusca queda, mas ainda assim em baixa. Por que diria isso? Muito simples: ao contrário do que insistem em dizer, o mercado não possui ideologias ou preferências políticas, mas preza por segurança, entre elas, a fiscal e a institucional.
A mídia internacional já televisionou o fato ocorrido em Brasília como atos golpistas contra a democracia brasileira. Chefes de estado ao redor do globo inteiro já declararam apoio às instituições brasileiras. O presidente da República declarou intervenção federal ao Distrito Federal, o que na prática tira o controle do executivo estadual sobre a segurança pública e os concede ao executivo federal.
Como já cansamos de dizer – e vamos continuar dizendo, porque vivemos na era em que óbvio precisa ser reafirmado incansavelmente – quando um investidor abre mão de seu dinheiro para investir, o que ele está fazendo é abrindo mão do privilégio de gastar a quantia em algo que ele gostaria. O prêmio desse ato é o que chamamos de lucro. Quando esse prêmio corre o risco de não chegar às mãos de seu dono, por qualquer que seja o motivo, o mercado reage em queda, devido ao grande número de pessoas que decidiram deixar de investir seu dinheiro em um país que sofre com instabilidade política.
O resto, você já sabe. Se não sabe, é muito simples. Menos investimentos na bolsa significa menor quantidade de dólares dentro do país, o que aumenta a demanda pela moeda, aumentando seu preço, desvalorizando nossa própria economia e elevando os preços como um todo. Mais uma vez, ninguém escapa, nem quem não faz ideia do que é a bolsa de valores.
Mas por que eu disse que a queda seria não tão brusca? Simples, a invasão às sedes dos três poderes é mais um episódio, de uma longa série de acontecimentos que mostram ao mundo a instabilidade política vivemos desde 2013, e que vem se agravando. Na verdade, na humildade opinião deste colunista, hoje inaugura-se um momento de conflitos sociais que serão registrados na história brasileira. Mas, voltando às análises: o mercado é uma entidade extremamente reativa e qualquer incentivo ou desincentivo pode mudar a situação de qualquer maneira.
Para o investidor iniciante, esse é o momento de liquidar todos os investimentos e deixar debaixo do colchão. Mas, para o investidor experiente, toda crise é uma oportunidade de aumentar posições, aproveitar os baixos preços que a baixa demanda proporciona, visando o médio e longo prazo. São nesses momentos também que os amantes das criptomoedas regozijam-se sobre os benefícios de uma moeda não anexada a nenhum estado, o que acaba por convencer muitos com a ideia. Ou, se a ideia ainda não lhe oferecer segurança, pode também ser um empurrão para apostar em investimentos em moeda estrangeira, que ofereçam mais solidez provada através dos anos, como o dólar. Através de bancos digitais, como a Avenue, é possível mandar dinheiro para o exterior de forma fácil e rápida.
Se toda essas informações lhe parecem frias e faltosas de sentimento e empatia por tudo que vem acontecendo com o nosso país, saiba que é assim mesmo que devemos nos comportar quando o assunto é nosso próprio patrimônio. Um investidor emotivo é um especulador, e quase sempre um mal especulador. No mais, esteja atento, de olho nos acontecimentos e nas oportunidades que eles revelam. Não se precipite, não coloque todos os ovos na mesma cesta, enquanto torce para um futuro mais próspero para todos nós.
Disclaimer: A Opinião do autor é de inteira responsabilidade própria e não reflete necessariamente a opinião do Guia do Investidor.