- A PetroRecôncavo investirá US$ 60 milhões na construção da NGPU Miranga, com capacidade de até 1,5 milhão de m³/dia
- As ações da PetroRecôncavo subiram 4,30%, fechando a R$ 17,21, após o anúncio e com a alta do petróleo
- A nova unidade reduzirá a dependência de plantas terceirizadas e gerará economia de US$ 1 por MMBtu
- Bancos como Itaú BBA e JPMorgan consideraram o projeto positivo, reforçando a recomendação de compra para as ações
A PetroRecôncavo (RECV3) deu mais um passo importante em sua estratégia de expansão e autonomia no setor de energia. O Conselho de Administração da empresa aprovou a construção de uma nova Unidade de Processamento de Gás Natural (NGPU Miranga), localizada no cluster Miranga, no estado da Bahia.
O projeto, que terá um investimento estimado em US$ 60 milhões, aumentará significativamente a capacidade de processamento de gás natural da companhia, impactando positivamente suas operações e seus resultados futuros.
Capacidade de processamento
A nova unidade terá uma capacidade inicial de processamento de 950 mil m³ de gás por dia, com potencial para expandir para até 1,5 milhão de m³ diários. O início das obras está previsto para o primeiro semestre de 2025, com a operação começando no final de 2027. O anúncio gerou uma reação positiva no mercado, com as ações da PetroRecôncavo (RECV3) subindo 4,30%, fechando o dia a R$ 17,21. Este movimento também reflete a alta de quase 3% nos preços do petróleo, após a Opep+ anunciar o adiamento de um mês no aumento planejado de sua produção de petróleo.
Analistas do mercado financeiro consideraram o investimento como um grande passo para a empresa. O Itaú BBA, por exemplo, classificou a aprovação do projeto como extremamente positiva. Assim, destacando que a nova unidade aumentará a autonomia da PetroRecôncavo e otimizará seus custos operacionais.
Atualmente, a produção de gás da empresa na Bacia do Recôncavo é processada em instalações terceirizadas, como a NGPU Catu, de propriedade da Petrobras (PETR4). Além da GTU São Roque, construída pela PetroRecôncavo em 2023. A nova unidade permitirá à empresa ter maior controle sobre seu processo de midstream e reduzir a dependência de terceiros.
Crescimento e aumento de eficiência
Com base nas perspectivas de crescimento e aumento de eficiência, o Itaú BBA manteve sua recomendação de compra para as ações da PetroRecôncavo, com um preço-alvo de R$ 30. Da mesma forma, o JPMorgan ressaltou que o projeto reforça a estratégia de verticalização da companhia. Contudo, permitindo o controle total sobre o processamento de gás natural, o que reduzirá riscos e melhorará os custos operacionais.
Para o banco americano, a nova unidade será fundamental para a PetroRecôncavo processar a maior parte da produção de gás da Bahia, que deve atingir 1,6 milhão de m³/dia até 2027.
O Bradesco BBI também considerou o projeto como uma jogada positiva, destacando que a UPGN Miranga permitirá uma economia significativa nos custos de processamento de gás natural. A redução de dependência do UTG Catu, da Petrobras, pode gerar uma economia de cerca de US$ 1 por MMBtu (unidade de medida de energia). O que representa uma vantagem competitiva importante para a PetroRecôncavo no mercado de gás natural.
Esse investimento não só reforça a posição da PetroRecôncavo como uma das principais empresas do setor na Bahia. Mas, também melhora a sua eficiência operacional e fortalece suas perspectivas de crescimento. Dessa forma, fazendo com que os investidores olhem com mais confiança para o futuro da companhia.