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Alckmin se posiciona contra a privatização da Petrobras: "Não vejo com bons olhos"

O vice-presidente Geraldo Alckmin, declarou nesta segunda (14), sua oposição à venda da Petrobras, sinalizando que a medida não é benéfica.

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  • Geraldo Alckmin se posicionou na última segunda-feira (14), contra a privatização da Petrobras (PETR4)
  • Segundo Alckmin, a empresa tem um papel estratégico para o desenvolvimento do país, especialmente no setor energético
  • Além de se manifestar contrário à venda da Petrobras, Alckmin fez críticas à privatização da Sabesp

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, se posicionou na última segunda-feira (14), contra a privatização da Petrobras (PETR4). Assim, reafirmando sua visão de que a estatal deve permanecer sob controle público.

“As grandes privatizações em nível federal já foram feitas, não vejo com bons olhos privatizar a Petrobras”, apontou, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

“É uma empresa altamente lucrativa, das mais lucrativas do mundo.”

Segundo Alckmin, a empresa tem um papel estratégico para o desenvolvimento do país, especialmente no setor energético. E, entregá-la à iniciativa privada poderia comprometer a soberania nacional e a segurança energética do Brasil.

Críticas à privatização da Sabesp

Além de se manifestar contrário à venda da Petrobras, Alckmin fez críticas à privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp; SBSP3).

“Hoje no saneamento há muita privatização para fazer caixa, você faz caixa e não paga dívida”, afirmou.

Ele questionou o modelo adotado para a desestatização. Assim, apontando que a operação não considerou suficientemente o impacto social e a necessidade de garantir serviços acessíveis à população. Alckmin destacou que o saneamento é um serviço essencial. E, que o governo precisa ter instrumentos para assegurar a universalização do acesso à água e ao esgoto.

Apoio a tributos sobre grandes fortunas

Alckmin também aproveitou a ocasião para elogiar algumas pautas econômicas do governo federal. Dessa forma, manifestando apoio à tributação sobre milionários.

“Quando quem ganha muito pode contribuir mais, a classe média pode contribuir menos”, afirmou. 

Ele destacou, contudo, que medidas desse tipo são fundamentais para promover equidade fiscal e reduzir a concentração de renda no Brasil. Especialmente em um cenário onde a desigualdade econômica é um dos maiores desafios estruturais do país.

“A justiça tributária precisa ser uma prioridade, e é justo que quem tem mais contribua mais”, afirmou o vice-presidente.

Avaliação positiva de ações diplomáticas

Na esfera internacional, Alckmin elogiou o posicionamento recente do governo brasileiro em questões diplomáticas. Ele destacou como exemplo a operação de retirada de cidadãos brasileiros do Líbano em meio à escalada de tensões no Oriente Médio. Dessa forma, apontando que essa ação demonstra o compromisso do Brasil com a segurança dos seus cidadãos no exterior.

O vice-presidente também mencionou o posicionamento firme do governo ao não reconhecer as eleições na Venezuela. Ainda, indicando uma postura crítica em relação à legitimidade do processo eleitoral no país.

Outro ponto destacado foi o repúdio à invasão da Ucrânia pela Rússia. Sinalizando que o Brasil, contudo, defende a integridade territorial e a solução pacífica de conflitos internacionais. Alckmin ressaltou que essas posições fortalecem a imagem do Brasil como um ator equilibrado e comprometido com o direito internacional. Reforçando sua capacidade de diálogo e influência no cenário global.

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