- Durante a cúpula do BRICS, Lula defendeu a criação de mecanismos de pagamento entre os países membros, visando reduzir a dependência do dólar
- O desenvolvimento de um sistema de compensação de pagamentos em moedas locais é uma das prioridades do Brasil na presidência do BRICS
- Lula pretende ampliar a atuação do Novo Banco de Desenvolvimento, promovendo financiamentos que utilizem moedas locais
- As propostas visam fortalecer as economias dos países emergentes e aumentar sua autonomia nas transações internacionais
Durante a recente cúpula dos países do BRICS, o presidente Lula destacou a importância de avançar na criação de mecanismos de pagamento alternativos entre os membros do bloco. Dessa forma, visando reduzir a dependência do dólar. Lula enfatizou que o desenvolvimento de um sistema de compensação de pagamentos utilizando moedas locais deve ser uma das prioridades do Brasil enquanto lidera o BRICS nos próximos anos.
“Agora é chegada a hora de avançar na criação de meios de pagamento alternativos para transações entre nossos países. Não se trata de substituir nossas moedas. Mas é preciso trabalhar para que a ordem multipolar que almejamos se reflita no sistema financeiro internacional. Essa discussão precisa ser enfrentada com seriedade, cautela e solidez técnica, mas não pode ser mais adiada”, afirmou Lula.
Presidência do bloco
O Brasil assumirá a presidência do bloco a partir de agora e planeja acelerar essa iniciativa. No entanto, que busca facilitar transações internas e promover maior autonomia econômica entre os países emergentes. O presidente argumentou que, ao implementar esses mecanismos, os membros do BRICS poderão fortalecer suas economias. E, além disso, aumentar a eficiência das operações comerciais.
Lula, contudo, também manifestou a intenção de expandir a atuação do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), a instituição financeira do BRICS. Atualmente presidida pela ex-presidente Dilma Rousseff. A ideia, contudo, é que o banco tenha um papel mais ativo no financiamento de projetos que utilizem moedas locais. Contribuindo, assim, para a independência financeira do bloco.
Essas propostas refletem uma estratégia mais ampla de diversificação das relações econômicas entre os países emergentes, com o objetivo de diminuir a influência do dólar nas transações internacionais. Lula acredita que essa mudança não só beneficiará o BRICS, mas também fortalecerá a posição global dos países que compõem o bloco.
BRICS
O BRICS é um bloco de países emergentes que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O grupo foi formado para promover a cooperação econômica, política e cultural entre essas nações, que compartilham características de desenvolvimento e desafios semelhantes.
Principais características do BRICS:
- Formação e Objetivos: O BRICS foi criado para aumentar a influência dos países emergentes na economia global e promover um desenvolvimento sustentável e inclusivo.
- Reuniões e Cúpulas: Os líderes dos países do BRICS se reúnem anualmente em cúpulas para discutir temas como comércio, investimento, segurança e questões sociais.
- Instituições: O bloco possui instituições como o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), que financia projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países membros e em outras economias em desenvolvimento.
- Cooperação Multilateral: O BRICS busca fortalecer a cooperação entre seus membros e com outras nações, promovendo uma agenda que inclui questões como reforma das instituições financeiras internacionais e maior representatividade dos países em desenvolvimento.
- Diversidade: Os países do BRICS são geograficamente e culturalmente diversos, representando diferentes continentes e sistemas políticos, mas unidos pelo objetivo de aumentar a colaboração e a voz dos emergentes nas decisões globais.
O BRICS se destaca como uma alternativa às estruturas tradicionais de poder econômico e político, buscando oferecer uma plataforma para que países em desenvolvimento tenham maior protagonismo nas discussões internacionais.