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BC debate Open Finance e integrações com Pix e Drex

Open Finance avança no Brasil; Banco Central destaca integração com Pix e Drex na última LiveBC de outubro.

Open Finance
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Na última sexta-feira (25), o Banco Central do Brasil realizou a LiveBC de Outubro, onde trouxe atualizações sobre o Open Finance, o Pix e o Drex, a futura moeda digital em formato CBDC. O evento, conduzido pelo servidor Gustavo Igreja, contou com a participação de Otávio Damaso, Diretor de Regulação do BC, que abordou o futuro do Open Finance e suas promissoras integrações com outros produtos financeiros.

Open Finance: ferramenta em ascensão para o consumidor brasileiro

O Open Finance, lançado em 2021 pelo Banco Central, tem sido uma das iniciativas mais relevantes na agenda de inovação financeira do país, com um crescimento sólido e cada vez mais utilizado pelos brasileiros. Damaso enfatizou que o Open Finance deverá acelerar o desenvolvimento de soluções voltadas ao consumidor final, promovendo maior conveniência e acesso ao crédito. “Serão produtos que trarão mais conveniência, baratearão o crédito, aumentarão o volume de crédito disponível ao consumidor e permitirão que ele tenha uma visão mais clara do seu relacionamento bancário”, afirmou.

Com 54 milhões de consentimentos ativos e 35 milhões de clientes envolvidos, o Open Finance permite que os usuários autorizem o compartilhamento de informações financeiras com diversas instituições. Isso facilita o acesso a oportunidades de crédito e investimento, além de promover maior transparência no relacionamento bancário.

Integração com Drex e Pix: uma visão do futuro financeiro

Além das atualizações sobre o Open Finance, a LiveBC também discutiu a integração do sistema com outras iniciativas do Banco Central, como o Pix e o Drex. O Drex, projetado para ser a versão digital do Real e previsto para representar o Brasil no ecossistema de CBDCs (Central Bank Digital Currencies), será integrado ao Open Finance, permitindo uma nova dimensão de serviços financeiros.

Damaso destacou que o Open Finance tem avançado organicamente, com a supervisão do Banco Central, e sua integração com tecnologias emergentes como inteligência artificial e tokenização é um dos próximos passos. Essa conectividade permitirá que o Open Finance interaja de forma mais fluida com o Drex e o Pix, ampliando o acesso dos brasileiros a soluções financeiras inovadoras.

Novos mecanismos de segurança do PIX entram em vigor em novembro

Em resposta ao crescente número de fraudes envolvendo o PIX, o Banco Central do Brasil (BCB) anunciou a Instrução Normativa BCB Nº 491, com novas regras de segurança para proteger os usuários e aumentar a integridade das transações digitais. Com previsão de adaptação até 1º de novembro de 2024, as instituições financeiras terão que adotar mecanismos mais rígidos para evitar fraudes e golpes que vinham preocupando tanto empresas quanto consumidores.

Entre as principais mudanças estão o uso obrigatório de autenticação em dois fatores e um controle mais rigoroso no cadastramento de dispositivos.

“Essas novas exigências são essenciais para elevar o nível de segurança nas transações. É uma forma de dar mais confiança tanto para os clientes quanto para as instituições que oferecem o PIX”, comenta Camila da Silva, CSO da CashWay, techfin catarinense que oferece soluções para Instituições de Pagamento e Financeiras, que já oferecia os serviços de forma opcional aos seus clientes.

A normativa ainda impõe limites para transações em dispositivos não cadastrados, com um teto de R$200 por operação e um limite diário de R$1.000, o que visa reduzir o impacto financeiro em casos de acessos não autorizados.

Além disso, as instituições precisarão gerenciar ativamente os dispositivos vinculados às contas de seus clientes, oferecendo ferramentas para inclusão, exclusão e bloqueio de aparelhos.

“A facilidade de gerenciar esses dispositivos traz uma camada adicional de proteção, especialmente em situações de roubo ou perda de aparelhos, permitindo que as instituições ajam rapidamente para prevenir maiores danos”, explica Camila.

O Banco Central busca, com essas medidas, dar tempo às vítimas e às instituições financeiras para detectarem e interromperem fraudes. O bloqueio imediato de dispositivos comprometidos sem o consentimento do usuário é outra medida prevista, evitando o uso indevido e dificultando a atuação de fraudadores.

No entanto, as mudanças trazem desafios operacionais para algumas instituições financeiras, principalmente aquelas que ainda não possuem sistemas robustos para o gerenciamento de dispositivos.

“Muitas empresas terão que adaptar seus sistemas em tempo recorde. No entanto, com soluções integradas, conseguimos atender às exigências de forma eficiente e dentro do prazo”, afirma Camila, destacando a importância de ferramentas que automatizam esses processos.

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