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Biden se prepara para discurso à nação após vitória surpreendente de Trump

Presidente dos EUA, Joe Biden, se pronunciará após a derrota de seu partido nas urnas, com Donald Trump celebrando seu retorno político.

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  • Após uma acachapante derrota para Donald Trump, Joe Biden fará um discurso à nação nesta quinta-feira (7) para comentar o resultado das eleições de 2024
  • Trump venceu por uma margem surpreendente, impulsionado por eleitores desencantados com a inflação e a segurança nas fronteiras, conquistando até a base hispânica, tradicionalmente democrata
  • Trump conquistou os 270 votos do Colégio Eleitoral e se prepara para assumir a presidência em 2025, enquanto os republicanos também recuperaram o controle do Senado

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fará um pronunciamento à nação nesta quinta-feira (7). Após sofrer uma derrota eleitoral inesperada para o ex-presidente Donald Trump, que protagonizou um retorno político impressionante nas eleições gerais de 2024. A vitória de Trump, embora esperada por alguns, foi um golpe duro para os Democratas, que viram sua candidatura liderada por Biden ser derrotada de forma acachapante.

Biden, que havia sido substituído como candidato do Partido Democrata em julho por Kamala Harris devido a preocupações com sua saúde mental e após um debate confuso com Trump, se dirigirá ao público a partir das 13h (horário de Brasília). A Casa Branca confirmou o discurso, mas não adiantou detalhes sobre o tom e conteúdo. A vice-presidente Kamala Harris, por sua vez, tentou consolar os eleitores que esperavam vê-la como a primeira mulher a conquistar a Casa Branca.

Ela também prometeu ajudar na transição de poder. Mas, em suas declarações, frisou que não poderia apoiar a visão política de Trump para o país.

Desafios no caminho

A campanha de Trump, por sua vez, relatou que o presidente Biden teria convidado Trump para uma reunião na Casa Branca, embora o momento exato desse convite não tenha sido esclarecido. Embora ainda haja desafios no caminho da transição, ambos os lados parecem cientes da importância de uma transferência pacífica de poder. A posse de Trump está marcada para 20 de janeiro de 2025.

A surpreendente vitória de Trump, que ocorreu com uma margem considerável após as pesquisas apontarem uma disputa acirrada, evidenciou o descontentamento generalizado da população americana. Dessa forma, especialmente com questões econômicas.

A inflação e seu impacto no padrão de vida dos cidadãos, a insegurança nas fronteiras e as divisões internas sobre o futuro do país e sua cultura foram fatores que galvanizaram o apoio ao republicano. Trump, que conquistou uma expressiva base de eleitores hispânicos — um grupo tradicionalmente mais inclinado ao Partido Democrata —, também obteve o apoio das famílias de baixa renda. Contudo, fortemente afetadas pela crise econômica.

A campanha de Kamala Harris, ao contrário, focou em atacar Trump, destacando sua condenação criminal e suas controversas alegações de fraude nas eleições de 2020. No entanto, que culminaram na invasão do Capitólio por seus apoiadores. Apesar de seus esforços, Trump conseguiu consolidar sua posição, ganhando em cinco dos sete Estados cruciais, que garantiram os 270 votos necessários no Colégio Eleitoral. Ele estava liderando nas últimas apurações de Arizona e Nevada, onde os votos ainda estavam sendo contados.

Incertezas

O ex-presidente republicano também se aproximava de se tornar o primeiro candidato a vencer o voto popular desde George W. Bush, há 20 anos. A vitória republicana não se limitou à presidência: os republicanos também conseguiram retomar o controle do Senado, o que permitirá a Trump controlar pelo menos uma casa do Congresso no próximo ano. No entanto, o controle da Câmara dos Deputados permanece incerto, com dezenas de disputas ainda sem resolução.

Com sua impressionante recuperação política, Trump não só reestabeleceu sua posição como líder do Partido Republicano, mas também desafiou as expectativas em relação à sua capacidade de se tornar uma força política dominante, mesmo depois de seu mandato presidencial. Ao longo da campanha, ele foi capaz de capitalizar sobre o crescente descontentamento dos eleitores com o governo Biden, especialmente em relação à economia e à segurança, temas centrais que moldaram esta eleição histórica.