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Bolsonaro rebate Pablo Marçal e apoia Ricardo Nunes em reeleição

O ex-presidente critica a comparação de Marçal entre a cadeirada e a facada que sofreu e reforça seu apoio ao atual prefeito.

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  • O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o empresário Pablo Marçal (PRTB) por comparar a cadeirada que recebeu de Datena à facada que sofreu em 2018
  • Bolsonaro atua como cabo eleitoral do prefeito Ricardo Nunes (MDB) em sua campanha pela reeleição, enfatizando sua aliança política
  • Durante um debate, Datena confrontou Marçal após este fazer acusações de assédio, resultando em uma situação tumultuada que levou à expulsão de Datena do evento

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atuando como cabo eleitoral do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), voltou a direcionar suas críticas ao empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB), que disputa a mesma vaga na maior cidade do Brasil. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Bolsonaro não hesitou em reprovar a comparação feita por Marçal entre a cadeirada que recebeu de José Luiz Datena (PSDB) durante um debate na TV Cultura e a facada que sofreu em 2018, em um atentado que quase lhe custou a vida.

No debate realizado no domingo (15), Datena confrontou Marçal após este acusar o tucano de assédio sexual contra uma ex-funcionária da TV Bandeirantes — uma alegação que foi posteriormente arquivada pelo Ministério Público. Após a agressão, Datena foi expulso do debate, enquanto Marçal precisou ser encaminhado ao hospital devido aos ferimentos.

“Por ocasião de um debate aí em São Paulo, dois candidatos se desentenderam. Um provocou o outro no limite, e o provocado, não resistindo, foi para cima do outro e deu-lhe uma cadeirada. Condeno a cadeirada e condeno a provocação também, feita de forma vil”, diz Bolsonaro em gravação.

“Agora, o que me deixou chocado nesse episódio é que o elemento que levou a cadeirada, que provocou, foi para as mídias sociais e comparou aquela cadeirada ao tiro no [Donald] Trump e à facada que eu levei em setembro de 2018”, criticou complementando.

Comparação de agressões

Bolsonaro enfatizou que há uma “diferença muito grande” entre a agressão física sofrida por Marçal e os atentados que ele mesmo enfrentou, além do ataque ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump.

“Usar um episódio desse da cadeirada que ele provocou para buscar se comparar comigo e com o Trump, para conseguir o poder, é lamentável”, afirmou.

Durante sua fala, o ex-presidente não apenas criticou Marçal, mas também reiterou seu apoio a Nunes, pedindo votos para o atual prefeito, que figura nas primeiras colocações nas pesquisas de intenção de voto ao lado do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).

Enquanto isso, Marçal tem visto sua candidatura perder força nas últimas semanas, posicionando-se atrás dos dois principais concorrentes na disputa pela Prefeitura de São Paulo.

“Podemos, hoje em dia, votar e errar. Mas, quando você vota já sabendo que vai errar, tem uma diferença muito grande. Eu apelo a vocês: votem não com o coração e a emoção, mas com a razão. Não entrem na pilha de provocações, de fake news, de fazer meme, recortes e buscar espaço para chegar ao poder”, pediu Bolsonaro.

“Quem está mais preparado para governar São Paulo? O vice do Ricardo Nunes foi indicado por mim, o coronel Mello Araújo, que esteve à frente da respeitadíssima Rota e botou moral e ordem no Ceagesp”, completou.

Pesquisas e porcentagens

Após uma rápida ascensão nas pesquisas de intenção de voto, Pablo Marçal viu sua candidatura esfriar nas últimas semanas. O último levantamento do Datafolha, divulgado na quinta-feira (19), mostrou que o candidato do PRTB permanece com 19% das intenções, mantendo a mesma porcentagem da pesquisa anterior e ocupando o terceiro lugar. Na frente dele, Ricardo Nunes (MDB) lidera com 27%, enquanto Guilherme Boulos (PSOL) segue de perto com 26%, em uma disputa tecnicamente empatada.

Por outro lado, a pesquisa da Quaest, divulgada na quarta-feira (18), revela uma ligeira queda na popularidade de Marçal, que caiu de 23% para 20%, distanciando-se ainda mais de Nunes e Boulos. Nunes manteve suas intenções de voto em 24%, enquanto Boulos viu sua taxa oscilar de 21% para 23%. Esse cenário competitivo demonstra um momento crucial na campanha, onde Marçal precisará reverter essa tendência para recuperar a tração necessária rumo ao pleito.

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