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BTC mantém forte correlação com balanço do Banco Central da China

Bitcoin mostra uma correlação positiva de 0,66 com o balanço do Banco Central da China, sugerindo impacto indireto dos estímulos econômicos recentes na valorização do criptoativo.

bolsas sobem com pmi industrial da china
bolsas sobem com pmi industrial da china

Os preços do Bitcoin (BTC) têm mostrado uma correlação significativa com o crescimento do balanço do Banco Central da China (PBOC) nos últimos oito anos. Atualmente, o coeficiente de correlação de 30 dias entre o preço do BTC e o balanço do PBOC é de 0,66, conforme dados da TradingView. Esse índice é considerado forte, refletindo como os movimentos de política monetária na China podem influenciar o desempenho do Bitcoin.

A correlação positiva é ainda mais notável em meio aos esforços do PBOC para estimular sua economia, que enfrenta dificuldades. Nesta semana, o banco central chinês anunciou a possibilidade de injetar até 1 trilhão de yuan (US$ 142 bilhões) em seus maiores bancos estatais, além de reduzir a taxa de reservas obrigatórias em 50 pontos base. Essas medidas, voltadas para impulsionar o crescimento econômico e reduzir o desemprego, podem ter um impacto indireto no mercado de criptomoedas.

Por outro lado, a correlação de 30 dias do Bitcoin com o balanço do Federal Reserve dos EUA está em -0,88, o menor nível desde 2016. Isso reflete uma divergência crescente entre as políticas monetárias das duas maiores economias do mundo.

Estímulos da China e impacto no mercado de criptomoedas

Com o novo estímulo do PBOC, o Bitcoin registrou um ganho de quase 3% na semana e mais de 10% no mês, de acordo com dados da CoinDesk. A alta também acompanhou o desempenho das ações chinesas, com o índice CSI 300 subindo 4,5% na sexta-feira, marcando um ganho semanal de 16% — o maior desde 2008.

Analistas sugerem que o aumento da liquidez na China pode impulsionar o preço do Bitcoin a longo prazo. “O estímulo pode levar a um aumento no investimento em empresas de blockchain e tecnologia de mineração, além de aumentar a exposição a criptoativos por meio de ETFs listados em Hong Kong”, explicou o analista Nick Ruck.

Além do Bitcoin, outros ativos de risco também devem ser beneficiados pelo cenário de estímulos globais. Augustine Fan, chefe de insights na SOFA, comentou que o recente afluxo de estímulos trouxe otimismo aos mercados globais, com um cenário reminiscentes dos dias de políticas de afrouxamento quantitativo (QE).

Correlacionando Bitcoin e mercados de risco

A forte correlação do Bitcoin com os mercados de ações reforça a visão de que o criptoativo ainda é amplamente considerado um ativo de risco. Com os estímulos econômicos da China e as altas nas ações dos EUA, investidores parecem adotar uma estratégia de “comprar na baixa”, aumentando a perspectiva de um rali contínuo para o Bitcoin e outros ativos correlacionados.

Os analistas estão otimistas, com poucos catalisadores negativos à vista no curto prazo, sugerindo que o Bitcoin pode continuar em sua trajetória de alta se o ambiente econômico global permanecer favorável.