- A Bolsa de Valores de São Paulo iniciou a terça-feira (15) com um leve otimismo, mas rapidamente reverteu essa tendência, apresentando uma queda de 0,02%
- A desvalorização do petróleo impacta negativamente as ações da Petrobras, contribuindo para a queda do índice
- Essa situação é agravada por notícias sobre um pacote de contenção de gastos do governo
- O dólar subiu 1%, sendo negociado a R$ 5,638, enquanto o dólar turismo alcançou R$ 5,82, refletindo as tensões no mercado financeiro
A Bolsa de Valores de São Paulo começou a terça-feira (15) com um leve otimismo, mas essa tendência logo se dissipou. Por volta das 11h15, o Ibovespa oscilava e apresentava uma queda de 0,02%, atingindo 130.978 pontos. A desvalorização do petróleo causa a queda no índice. Embora impacte negativamente as ações da Petrobras, essa queda também é influenciada por notícias sobre um pacote de contenção de gastos do governo, que gerou expectativas de estabilidade econômica.
O dólar, por sua vez, estava em alta de 1%, negociado a R$ 5,638, enquanto o dólar turismo alcançava R$ 5,82.
O que está acontecendo? Entenda
Recentemente, Israel informou aos Estados Unidos que não pretende atacar as instalações de petróleo ou nucleares do Irã. Essa garantia busca evitar uma escalada de tensões que poderia resultar em um conflito mais amplo no Oriente Médio, aliviando assim as preocupações com o aumento dos preços do combustível. Essa notícia teve um efeito imediato. Assim, fazendo o preço do petróleo cair quase 5% nesta manhã.
Entretanto, a queda nas cotações do petróleo não é completamente positiva para o mercado. As ações da Petrobras (PETR3 e PETR4), que têm um peso significativo de 11,86% no índice da Bolsa, acompanharam a desvalorização da “commodity“. Por volta das 11h, PETR3 recuava para R$ 40,84, com uma queda de 1,28%. Enquanto PETR4 apresentava desvalorização de 1,30%, alcançando R$ 37,22.
Além disso, Júlio Mora, presidente da Choice Investimentos, apontou que a redução no preço do petróleo também reflete as incertezas em torno da economia da China. Visto que, continua a impactar os mercados globais. Apesar disso, a Bolsa encontrou algum suporte nas expectativas em torno do pacote de contenção de gastos do governo.
“A demanda chinesa, em um momento em que não há certeza de que o crescimento econômico da China possa atingir 5% ao ano, mesmo após os recentes pacotes de estímulo econômico, ajuda o preço a cair”, afirma.
“A pressão de alta para a taxa de câmbio provavelmente vem da queda significativa dos preços internacionais do petróleo, na sessão de hoje”, diz Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX.
Na segunda-feira, autoridades do Ministério da Fazenda informaram à Reuters que as medidas a serem apresentadas ocorrerão após o segundo turno das eleições municipais, no final do mês. Fontes confirmaram que estão sendo estudadas duas abordagens: uma mais ampla, envolvendo diversos programas governamentais, e outra mais restrita. Esta, focada em benefícios sociais e previdenciários, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Além disso, há a possibilidade de implementar restrições que proíbam municípios, Estados e o governo federal de conceder ou ampliar benefícios tributários sem a garantia de recursos suficientes no caixa para honrar compromissos financeiros, conhecidos como restos a pagar (RAP). Essas discussões refletem um esforço contínuo para promover uma gestão fiscal mais responsável em um cenário econômico desafiador.