- A EMS retirou sua proposta de aquisição da Hypera (HYPE3) após o Conselho de Administração rejeitar a oferta
- O conselho da Hypera considerou que o preço oferecido pela EMS subestimava significativamente o valor da empresa
- Além do preço, foram citadas diferenças nas culturas organizacionais e práticas de governança como razões para a recusa
- A proposta incluía troca de ações e R$ 30 por ação em dinheiro para até 20% dos acionistas que não quisessem permanecer na nova empresa
- Se aprovada, a nova empresa seria controlada em 60% pelos acionistas da EMS, com cinco dos nove membros do conselho indicados por eles
A EMS anunciou oficialmente a retirada de sua proposta de oferta pública de aquisição de ações e combinação de negócios apresentada à Hypera (HYPE3) em 21 de outubro de 2024. A decisão veio após o Conselho de Administração da Hypera rejeitar a oferta. Contudo, citando preocupações sobre a avaliação do preço.
Em sua análise, o colegiado da Hypera considerou que o valor proposto pela EMS subestimava de forma significativa a verdadeira valoração da empresa. Além do preço, o conselho destacou a existência de diferenças nas culturas organizacionais e nas práticas de governança corporativa entre as duas companhias. Assim, fatores que contribuíram para a negativa da proposta.
O que incluía a oferta?
A oferta da EMS incluía uma troca de ações em múltiplos equivalentes, além de R$ 30 por ação em dinheiro, disponível para até 20% dos acionistas da Hypera que optassem por não continuar na nova empresa. Se a proposta fosse aceita, a nova companhia resultante da fusão teria 60% de suas ações controladas pelos acionistas da EMS, que nomeariam cinco dos nove membros do conselho de administração. Os acionistas da Hypera indicariam os outros quatro membros, garantindo uma estrutura de governança compartilhada.
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Além disso, a fusão garantiria a listagem contínua da nova entidade no Novo Mercado da B3, o que geralmente exige altos padrões de governança e transparência. A retirada da proposta marca um desfecho significativo nas negociações entre as duas empresas, deixando em aberto questões sobre futuras estratégias de crescimento e possíveis colaborações.
As empresas
Hypera é uma das maiores empresas farmacêuticas do Brasil, especializada em medicamentos genéricos, de referência e produtos de consumo. A empresa atua em diversas áreas terapêuticas e possui um portfólio que inclui marcas conhecidas no mercado. Ela busca constantemente inovação e desenvolvimento de novos produtos para atender às demandas da saúde.
EMS, por sua vez, é uma das maiores indústrias farmacêuticas do Brasil, com um forte foco em medicamentos genéricos e similares. Fundada em 1965, a empresa se destaca por sua capacidade de produção e distribuição em larga escala, oferecendo uma ampla gama de produtos. A EMS se destaca por adotar uma abordagem focada em pesquisa e desenvolvimento, sempre buscando melhorar a qualidade e a acessibilidade dos medicamentos.
Ambas as empresas têm uma presença significativa no mercado farmacêutico brasileiro e estavam envolvidas em iniciativas de crescimento e expansão, incluindo possíveis aquisições e fusões.
