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Fundador do Mercado Livre declara apoio ao Bitcoin

Fundador do Mercado Livre, Marcos Galperin defende o Bitcoin como proteção contra a inflação e controle estatal.

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Marcos Galperin, fundador e CEO do Mercado Livre, reafirmou recentemente sua defesa ao Bitcoin (BTC), destacando a importância da criptomoeda como uma alternativa aos sistemas financeiros tradicionais. Em entrevista ao jornal argentino La Nación, Galperin ressaltou o papel crucial que o Bitcoin pode desempenhar no futuro financeiro, especialmente em momentos de instabilidade econômica e aumento do controle estatal.

Galperin foi um dos primeiros grandes empresários a investir no Bitcoin, tendo realizado sua primeira compra em 2013. Desde então, ele se tornou um defensor da criptomoeda, frequentemente discutindo seu potencial para transformar o cenário financeiro global. Durante a entrevista, ele enfatizou que o Bitcoin oferece uma moeda que não é controlada por governos ou instituições financeiras, proporcionando maior liberdade e proteção aos seus usuários.

Para o executivo, o controle que os governos exercem sobre as políticas monetárias pode gerar sérias consequências econômicas, como a desvalorização da moeda e a inflação. Segundo Galperin, o Bitcoin surge como uma solução viável para proteger os indivíduos desses riscos.

“O Bitcoin oferece estabilidade ao ser uma moeda que protege as pessoas contra a inflação e a desvalorização forçada”, afirmou ele.

Além disso, o fundador do Mercado Livre destacou que as criptomoedas, especialmente o Bitcoin, terão um papel fundamental no futuro das finanças pessoais. Ele acredita que, à medida que os governos enfrentam déficits fiscais crescentes, haverá uma busca por moedas alternativas que não possam ser manipuladas.

“As criptomoedas vão desempenhar um papel muito importante no futuro financeiro das pessoas”, declarou Galperin, prevendo um aumento na adoção de ativos digitais.

Essa visão é refletida não apenas em suas declarações públicas, mas também na maneira como ele conduz sua própria empresa. O Mercado Livre, uma das maiores plataformas de comércio eletrônico da América Latina, já adicionou Bitcoin à sua tesouraria corporativa. Até agosto de 2024, a empresa detinha 412 Bitcoins em suas reservas, seguindo a tendência de grandes companhias globais que utilizam a criptomoeda como uma forma de diversificação de ativos e proteção financeira.

A inclusão de Bitcoin nas reservas corporativas do Mercado Livre é um sinal claro do compromisso de Galperin com a criptomoeda. A empresa reconhece o potencial do Bitcoin não apenas como um ativo de reserva de valor, mas também como um meio de proteger seu capital contra as flutuações do mercado tradicional. Essa estratégia está alinhada com a adoção crescente de Bitcoin por empresas ao redor do mundo, como parte de uma abordagem de longo prazo para a preservação de valor em um cenário econômico cada vez mais incerto.

Galperin também acredita que o Bitcoin pode substituir o ouro como principal reserva de valor em tempos de crise. Em outubro de 2020, ele comparou o BTC ao metal precioso, afirmando que a criptomoeda poderia desempenhar o mesmo papel que o ouro tem tradicionalmente exercido em economias fragilizadas. Para ele, o Bitcoin oferece uma alternativa sólida e moderna para aqueles que buscam segurança financeira em momentos de incerteza econômica.

Além de sua defesa do Bitcoin, Galperin tem sido um crítico dos métodos tradicionais que os governos utilizam para lidar com crises econômicas. Ele observou que, diante de déficits fiscais crescentes, muitos governos recorrem à criação de mais dívida ou à impressão de dinheiro, o que aumenta os riscos de inflação. O Bitcoin, por sua natureza descentralizada e limitada em quantidade, oferece uma alternativa a esses métodos, funcionando como uma reserva de valor que não pode ser inflacionada por decisões governamentais.

“Ao contrário das moedas fiduciárias, o Bitcoin não pode ser manipulado ou desvalorizado por governos. Isso oferece uma camada extra de proteção para aqueles que buscam preservar seu poder de compra”, explicou o empresário, ressaltando a importância da independência do Bitcoin em relação aos mecanismos tradicionais de controle monetário.