- Compra de novo avião presidencial: Governo avalia adquirir aeronave por US$ 250 milhões (R$ 1,45 bilhão).Opções apresentadas pela Airbus:
- Avião usado: Fabricado em 2016, entrega em menos de 1 ano.
- Avião novo: Produzido sob encomenda, entrega em 18 meses.
- Urgência na troca: Após falhas no avião atual durante viagem ao México, Lula pressiona por solução.
- Requisitos do novo avião: Maior autonomia, sala de reuniões ampla, internet de alta velocidade, reabastecimento em voo, cama de casal e banheiro com chuveiro.
- Impasses políticos: Discussão sobre controle de gastos pode adiar decisão.
- Reunião recente: Ministério da Defesa negociou prazos com Airbus em outubro.
- Alternativa descartada: Adaptação de aviões comprados por Bolsonaro devido ao alto custo.
- Declaração de Janja: Atual avião é uma “irresponsabilidade” devido aos problemas frequentes.
O governo federal está analisando a compra de uma nova aeronave presidencial, avaliada em US$250 milhões (cerca de R$1,45 bilhões pela cotação atual). Segundo fontes ouvidas pelo Poder 360, o comandante da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno, apresentou ao Palácio do Planalto duas opções oferecidas pela Airbus. Ambas incluem aviões com maior autonomia e tecnologia de ponta, mas o alto custo e o debate interno sobre contenção de gastos podem adiar a aquisição.
De acordo com a proposta apresentada, as alternativas para a nova aeronave são:
- Um avião usado, fabricado em 2016, com configuração próxima à solicitada pela presidência. A entrega seria realizada em menos de um ano após as adaptações.
- Um avião novo, feito sob encomenda, com prazo de entrega estimado em 18 meses.
- Problemas no avião atual aceleram negociações
A urgência na troca foi reforçada após um incidente ocorrido em outubro. O atual avião presidencial, um Airbus A319, apresentou falhas técnicas durante o retorno de uma viagem ao México, evidenciando os limites da aeronave para longas distâncias e aumentando o desconforto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da primeira-dama, Rosângela Silva, conhecida como Janja.
Em entrevista à CNN Brasil, Janja chamou de “irresponsabilidade” manter o presidente voando em uma aeronave “com tantos problemas”. A insatisfação já era conhecida desde o início do ano, quando Lula enfrentou viagens de mais de 25 horas devido às paradas necessárias para abastecimento técnico em trajetos como China e Japão.
“A gente acaba sendo irresponsável com a vida do presidente da República – nao estou falando do presidente Lula, mas do presidente do Brasil. Então a gente acaba sendo irresponsável com isso, de colocar ele dentro de uma aeronave com tantos problemas. Precisamos ter mais responsabilidade com o cargo”.
afirmou a primeira-dama.
Reuniões avançam com Airbus
Em 29 de outubro, representantes do Ministério da Defesa se reuniram com executivos da Airbus para discutir as possibilidades de entrega. A empresa, um consórcio europeu, inicialmente estipulava dois anos para a fabricação e entrega de uma aeronave nova. Contudo, após negociações, a expectativa é reduzir esse prazo, especialmente para o modelo usado.
A decisão esbarra no compromisso do governo em controlar os gastos públicos. Desde o início de 2023, Lula expressa insatisfação com o modelo atual, mas a aquisição foi postergada para evitar conflitos com a equipe econômica. Uma tentativa anterior de adaptar aviões A330-200, adquiridos em 2022 por US$80 milhões (R$400 milhões) na gestão Jair Bolsonaro (PL), foi descartada devido ao custo elevado de adaptações, especialmente para instalação de internet de alta velocidade.
Caso a compra seja aprovada ainda neste mandato, a aeronave poderá ser utilizada em viagens internacionais antes de 2027. Do contrário, só estará disponível para um eventual segundo mandato de Lula.