- O conselho da Hypera rejeitou a proposta da EMS por unanimidade, considerando que o valor oferecido subestima a empresa
- A proposta previa que a EMS controlaria 60% da nova companhia, com cinco dos nove membros do conselho indicados por ela
- O conselho destacou discrepâncias nas culturas organizacionais e práticas de governança como motivos para a recusa
- A oferta incluía uma troca de ações e pagamento de R$ 30 por ação para até 20% dos acionistas da Hypera
- Em 2022, os controladores da Hypera já haviam negado uma fusão com a EMS por temerem perder controle acionário
- Ambas as empresas investem em inovação e desenvolvimento de novos produtos para se manter competitivas no mercado
- A EMS é uma das maiores farmacêuticas do Brasil, focada em medicamentos genéricos e de marca
- A Hypera, no entanto, oferece tanto medicamentos de prescrição quanto produtos de venda livre, abrangendo várias áreas terapêuticas
Na última quarta-feira (23), o conselho de administração da Hypera (HYPE3) tomou a decisão unânime de rejeitar a proposta de aquisição feita pela EMS, conforme divulgado em um fato relevante nesta quinta-feira. A avaliação do colegiado apontou que o preço oferecido subestima significativamente o verdadeiro valor da empresa. No entanto, levando a essa negativa.
Além da questão financeira, o conselho destacou as discrepâncias nas culturas organizacionais e nas práticas de governança corporativa entre as duas companhias. Esses fatores, juntamente com os objetivos estratégicos da Hypera, foram fundamentais para a recusa da proposta.
Troca de ações
A oferta da EMS previa uma troca de ações em múltiplos iguais e um pagamento em dinheiro de R$ 30 por ação para até 20% dos acionistas da Hypera que optassem por não continuar na nova empresa. No entanto, essa estrutura de controle resultaria em 60% da companhia nas mãos dos acionistas da EMS. Contudo, que teriam também a prerrogativa de indicar cinco dos nove membros do conselho, enquanto a Hypera teria apenas quatro indicações.
Vale ressaltar que, em 2022, os controladores da Hypera já haviam rejeitado uma fusão com a EMS devido à perspectiva de ficarem com menos de 50% de participação na nova entidade. Essa decisão mais recente reforça a postura da Hypera em buscar autonomia e valorizar sua independência no mercado.
As empresas
A EMS é uma das maiores empresas farmacêuticas do Brasil, conhecida principalmente pela produção de medicamentos genéricos e de marca. Fundada em 1964, a empresa se destacou no mercado por sua ampla gama de produtos, que abrange diversas áreas terapêuticas, e por seu foco em inovação e tecnologia.
A Hypera, por sua vez, é uma das principais empresas de saúde do Brasil e também atua no setor farmacêutico. Resultado da fusão de várias marcas e empresas, como a Hypermarcas, a Hypera se posiciona como uma grande fabricante de medicamentos, produtos de consumo e saúde, com um portfólio diversificado que inclui tanto medicamentos de prescrição quanto itens de venda livre.
Ambas as empresas são importantes players no mercado farmacêutico brasileiro e competem em várias áreas, buscando constantemente inovações e expansão de seus produtos.