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Ibovespa sobe 0,77% e se aproxima dos 135 mil pontos

Ibovespa fecha em alta de 0,77% a 133.514,94 pontos, impulsionado pelo avanço de commodities e pelo upgrade da nota de crédito do Brasil pela Moody's

Arte: GDI
Arte: GDI
  • Ibovespa encerra em alta de 0,77%, alcançando 133.514,94 pontos.
  • Índice chegou a 134.921,66 pontos (+1,83%) durante o dia.
  • Volume financeiro totalizou R$ 21,42 bilhões.Moody’s eleva nota de crédito do Brasil de Ba2 para Ba1, com perspectiva positiva.
  • Aumento na expectativa de atração de investimentos estrangeiros.
  • Preços do petróleo e minério de ferro contribuem para a alta.
  • PETROBRAS PN (PETR4) sobe 1,38%; VALE ON (VALE3) avança 0,55%.BRADESCO PN (BBDC4) registra alta de 3,59%, impulsionado por relatório positivo do UBS BB.
  • VAMOS ON (VAMO3) cai 6,66%, seguindo tendência de baixa.

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou a sessão desta quarta-feira (8) em alta de 0,77%, alcançando 133.514,94 pontos, após tocar os 134.921,66 pontos (+1,83%) em seu melhor momento do dia. O volume financeiro totalizou R$ 21,42 bilhões, refletindo a movimentação positiva do mercado, impulsionada por fatores externos e pela melhoria da nota de crédito do Brasil pela agência Moody’s.

No final da terça-feira, a Moody’s anunciou a elevação da nota soberana do Brasil de Ba2 para Ba1, com perspectiva positiva, destacando que essa atualização é um reflexo das melhorias no perfil de crédito do país. A agência observou que o Brasil tem apresentado um crescimento econômico mais forte do que o esperado e um histórico de reformas que contribuem para a resiliência da economia, embora a credibilidade do arcabouço fiscal ainda seja considerada “moderada”.

Daniel Utsch, gestor de ações da Nero Capital, enfatizou a importância da avaliação da Moody’s, mas ressaltou que o mercado precisa ver uma melhora fiscal que justifique tal upgrade. “Se o mercado estivesse enxergando um cenário fiscal mais construtivo, a ação da Moody’s poderia ter um efeito mais relevante. Mas acho que não é esse o caso”, afirmou Utsch.

A equipe da Ágora Investimentos também comentou sobre o impacto do upgrade na atração de investimentos estrangeiros. Com o Brasil agora a apenas um passo de recuperar o grau de investimento, a expectativa é de que isso traga um fluxo significativo para o mercado local.

No exterior, os preços das commodities também influenciaram a alta do Ibovespa. O petróleo teve um desempenho positivo, com o barril de Brent subindo 0,46%. As ações da Petrobras seguiram essa tendência: a PETROBRAS PN (PETR4) avançou 1,38%, enquanto a PETROBRAS ON (PETR3) fechou com alta de 1,17%. A valorização foi sustentada pela expectativa de que os preços do petróleo se mantenham firmes, apesar das incertezas no Oriente Médio.

A VALE ON (VALE3) também apresentou um ganho de 0,55%, embora os preços do minério de ferro tenham ficado estáveis devido ao feriado na China. Entretanto, os contratos em Cingapura mostraram um avanço de 0,59%, impulsionados por anúncios de estímulos econômicos na China.

No setor financeiro, o BRADESCO PN (BBDC4) registrou um salto de 3,59%, apoiado por um relatório do UBS BB que reiterou a recomendação de compra, apontando indícios de crescimento significativo no lucro do terceiro trimestre. Outras ações do setor, como SANTANDER BRASIL UNIT (SANB11) e ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4), também apresentaram altas de 1,89% e 0,62%, respectivamente.

Em contrapartida, algumas ações enfrentaram quedas. O VAMOS ON (VAMO3) caiu 6,66%, continuando uma tendência de baixa observada nos últimos meses, enquanto a BRAVA ENERGIA ON (BRAV3) teve um recuo de 2,28%, com analistas do Citi ajustando suas previsões de acordo com uma nova estrutura da empresa.

O desempenho do Ibovespa reflete não apenas o impacto positivo das commodities e da atualização da Moody’s, mas também as expectativas em relação ao ambiente fiscal e econômico do Brasil. O resultado do dia pode ser visto como um sinal encorajador para investidores que buscam oportunidades no mercado brasileiro, especialmente em um cenário global de incertezas econômicas.

Indicadores 08/11/2024
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