Na última sexta-feira (25), o mercado brasileiro de criptomoedas apresentou saídas líquidas de US$ 3,6 milhões (aproximadamente R$ 20,5 milhões), enquanto o fluxo global de investimentos em produtos cripto alcançou US$ 901 milhões em entradas líquidas. O relatório semanal da CoinShares aponta que outros países, como Suécia (US$ 12,7 milhões), Canadá (US$ 10,1 milhões) e Hong Kong (US$ 2,7 milhões), também registraram saídas, contrastando com os saldos positivos de Estados Unidos (US$ 906 milhões), Alemanha (US$ 14,7 milhões), Suíça (US$ 9,2 milhões) e Austrália (US$ 300 mil).
Brasil segue relevante no mercado global de criptoativos
Apesar da redução nos aportes, o Brasil mantém-se na sexta colocação global em termos de ativos sob gestão (AuM), totalizando US$ 937 milhões. À frente do país estão os Estados Unidos (US$ 73,64 bilhões), Suíça (US$ 5,26 bilhões), Canadá (US$ 4,48 bilhões), Alemanha (US$ 3,99 bilhões) e Suécia (US$ 2,96 bilhões), que continuam a dominar o cenário cripto global.
Segundo o relatório da CoinShares, o mês de outubro representa cerca de 12% dos aportes de 2024, ano em que o segmento alcançou parciais de US$ 27 bilhões, quase o triplo do recorde anterior, registrado em 2021, quando as entradas líquidas em fundos cripto somaram US$ 10,5 milhões.
Bitcoin e Solana em alta; Ethereum registra saídas líquidas
Por criptoativos, o Bitcoin foi responsável pela maior parte dos aportes, com saldo positivo de US$ 920 milhões na semana. Solana, cestas multiativos e Litecoin também apresentaram entradas líquidas de US$ 10,8 milhões, US$ 2,1 milhões e US$ 1,8 milhão, respectivamente. Por outro lado, o Ethereum e o Short Bitcoin enfrentaram saídas líquidas de US$ 34,7 milhões e US$ 1,3 milhão, respectivamente, sinalizando uma pressão vendedora sobre esses ativos.
Retiradas de grandes fundos limitam crescimento
A análise da CoinShares também destacou que algumas retiradas líquidas de gestoras como ARK 21 Shares (US$ 206 milhões), Grayscale (US$ 62 milhões), ProShares ETFs (US$ 71 milhões), Bitwise ETFs (US$ 15 milhões) e CoinShares XBT (US$ 14 milhões) influenciaram o crescimento dos fundos cripto. Ainda assim, entradas de grandes players como iShares ETFs, da BlackRock (US$ 1,16 bilhão), e Fidelity ETFs (US$ 72 milhões) sustentaram o avanço do mercado.
Na semana anterior, o Brasil já havia registrado retiradas de R$ 51 milhões em meio ao aumento da pressão compradora global, conforme relatado pelo Cointelegraph Brasil. A volatilidade no mercado de criptomoedas continua, com os fundos cripto mantendo uma trajetória instável, mas promissora para o longo prazo.