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Militares das Forças Especiais, os "Kids Pretos", são presos por tentar assassinar Lula, Alckmin e Moraes

Quatro integrantes de um grupo de elite do Exército Brasileiro são detidos pela Polícia Federal sob suspeita de planejar golpe de Estado.

kids pretos - reprodução: redes sociais
kids pretos
  • A Polícia Federal prendeu quatro membros das “Forças Especiais” do Exército, conhecidos como “kids pretos”, acusados de planejar um golpe de Estado no Brasil
  • Os militares são suspeitos de elaborar um plano para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, com o objetivo de derrubar o governo
  • A prisão é um marco em uma investigação que revelou a atuação de membros de uma unidade de elite altamente treinada e com histórico de operações secretas

Nesta terça-feira (19), a Polícia Federal (PF) prendeu quatro militares das Forças Especiais do Exército Brasileiro, conhecidos como “kids pretos”, sob acusação de planejar um golpe de Estado com o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A prisão foi um marco em uma investigação que desvendou uma conspiração envolvendo membros de uma unidade de elite altamente treinada e com histórico de atuação em operações sigilosas de extrema complexidade.

A origem dos “kids pretos”

Os “kids pretos” são um apelido informal dado aos militares das Forças Especiais do Exército Brasileiro, um grupo altamente especializado que utiliza gorros pretos como parte de seu uniforme. Criadas em 1957, essas tropas têm como missão principal operações de contraterrorismo, contraguerrilha, sabotagem, além de missões de guerra irregular, insurgências e resgates. O Exército Brasileiro mantém as Forças Especiais em sigilo, com um treinamento intensivo e capacitação voltada para operações de risco extremo.

Atualmente, cerca de 2,5 mil militares compõem as Forças Especiais, com a maioria alocada no 1º Batalhão de Forças Especiais, em Goiânia, e na 3ª Companhia de Forças Especiais, em Manaus. Esses militares atuam sob ordens diretas do Comando do Exército e do Comando de Operações Especiais e, por conta de sua formação e atuação, estão entre os soldados mais capacitados do Exército Brasileiro.

O planejamento do golpe e os assassinatos

Segundo a investigação da Polícia Federal, o grupo de militares envolvido na conspiração planejava não só um golpe de Estado, mas também o assassinato de figuras-chave do governo, como o presidente Lula, o vice-presidente Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do STF. A trama teria sido orquestrada durante o ano de 2022, em um momento de grande instabilidade política no Brasil, e o objetivo era derrubar o governo eleito democraticamente.

A Polícia Federal passou meses investigando e conseguiu identificar os militares envolvidos, desmantelando o plano antes de sua execução. Segundo as investigações, as motivações para o crime estão ligadas à oposição radical de alguns setores das Forças Armadas ao governo Lula, além de uma tentativa de reverter o resultado das eleições presidenciais, contestado por grupos extremistas.

O treinamento e a atuação das Forças Especiais

As Forças Especiais do Exército Brasileiro, embora muito conhecidas por sua habilidade em missões de combate e resgates, também têm sido envolvidas em casos de tensões políticas dentro do país. O treinamento intenso e as operações secretas realizadas por esses militares os colocam em uma posição de influência dentro da hierarquia militar, mas, ao mesmo tempo, geram riscos significativos quando esses grupos se desviam de suas missões originais.

Ao longo dos anos, os “kids pretos” ganharam fama por sua atuação sigilosa e eficaz, muitas vezes em contextos de combate direto ou situações de guerrilha. Porém, a prisão desses militares levanta questões sobre o grau de radicalização dentro das forças armadas e o risco de movimentos internos que possam desafiar a ordem democrática do país.

O impacto político e as investigações

A prisão dos militares das Forças Especiais reflete não só um problema dentro das Forças Armadas, mas também uma série de questionamentos sobre a segurança das instituições brasileiras e a fidelidade dos militares ao regime democrático. As investigações continuam, e a Polícia Federal está avaliando a extensão do envolvimento de outros membros das Forças Armadas no plano de golpe.

Por enquanto, o governo federal e as autoridades políticas expressaram sua condenação ao envolvimento de militares em tentativas de subverter a ordem constitucional do país. A investigação segue em andamento, com mais detalhes esperados nos próximos dias.

Esse episódio levanta também a necessidade de maior vigilância sobre grupos radicalizados dentro das forças armadas e a importância de reforçar os mecanismos de segurança e controle sobre unidades especiais, que, em situações extremas, podem se desviar das suas funções originais e colocar em risco a democracia e a estabilidade do país.