Nesta quinta-feira (17), foi divulgada uma licitação do Planalto que prevê a compra de R$ 358 mil em bebidas alcoólicas, incluindo itens como vodca, Campari, uísque e outras bebidas, como parte de um pacote maior de R$ 16 milhões. A licitação abrange 215 itens de várias categorias e gerou questionamentos públicos sobre o uso de recursos governamentais para tal finalidade.
O governo de Luiz Inácio da Silva, por sua vez, apresentou justificativas para o gasto, explicando que as bebidas são destinadas a eventos oficiais e são necessárias para manter critérios de harmonia, elegância e segurança institucional durante essas ocasiões. No entanto, o valor destinado à compra de bebidas alcoólicas chamou a atenção, levantando debates sobre a necessidade e o montante investido em itens desse tipo.
Essa licitação está inserida em um contexto mais amplo, no qual o governo é frequentemente questionado sobre o uso de verbas públicas. A inclusão de bebidas alcoólicas em grande quantidade para eventos do governo naturalmente provocou discussões sobre prioridades orçamentárias, especialmente em um momento de preocupações com o controle de gastos públicos.
Embate entre Moro e Leprevost: culpa por derrota em Curitiba
Além da licitação, outro tema em destaque é o embate entre o senador Sergio Moro (União Brasil) e o deputado estadual Ney Leprevost (União Brasil), ex-candidato à Prefeitura de Curitiba. O confronto começou quando Leprevost, em entrevista à Folha de S. Paulo, afirmou que Moro teria atrapalhado sua campanha ao tratá-lo como um “fantoche” para promover sua própria pré-candidatura ao governo. Segundo o deputado, a influência de Moro teria sido determinante para sua derrota no primeiro turno das eleições municipais.
Moro, por sua vez, não deixou a declaração sem resposta e afirmou, em entrevista à Gazeta do Povo, que Leprevost estava mentindo sobre as causas da derrota. O senador afirmou que, embora fosse solidário com a derrota, não poderia deixar de se manifestar contra afirmações inverídicas. Segundo Moro, o fracasso da campanha de Leprevost foi devido à adoção de uma postura da “velha política”, sem um posicionamento claro sobre questões importantes, o que teria levado ao “naufrágio” da campanha.
Este embate interno dentro do União Brasil revelou as tensões políticas entre figuras de destaque do partido, trazendo à tona rivalidades e questões não resolvidas em torno das disputas eleitorais.
Marina Silva enfrenta oposição em audiência na Câmara
A ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva, também esteve no centro das atenções nesta quarta-feira (16), durante uma audiência na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. Inicialmente, Marina havia informado que não poderia comparecer devido a compromissos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas, em meio às críticas da oposição, decidiu participar da sessão.
A audiência foi marcada por debates acalorados entre deputados da oposição e da esquerda, com questões relacionadas a queimadas, políticas de preservação ambiental e a relação entre o meio ambiente e a agropecuária. A ministra enfrentou críticas severas de opositores, que a chamaram de “arrogante” e “capacho”, mas defendeu as políticas de sua pasta e reafirmou a importância de medidas mais robustas para proteger o meio ambiente brasileiro em tempos de recordes históricos de destruição florestal.
Foro de São Paulo: PT apoia vitória de Maduro na Venezuela
Outro tema de destaque foi a assinatura de uma resolução do Foro de São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores (PT), que reconhece a vitória de Nicolás Maduro na Venezuela. A resolução foi elaborada durante uma reunião do grupo de trabalho do Foro de São Paulo, realizada na Cidade do México, em 29 de setembro. A publicação da resolução gerou controvérsias, já que muitos questionam o apoio ao regime de Maduro, frequentemente criticado por violações aos direitos humanos e pela crise humanitária no país.
O reconhecimento da “vitória” de Maduro tem causado divisões políticas e críticas de diversos setores que questionam a aliança do PT com o regime venezuelano. A declaração foi aprovada por todos os partidos que participaram da reunião no México, mas foi divulgada publicamente apenas nesta quarta-feira (16), no site do Foro de São Paulo.