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Petrobras confirma R$ 258 bilhões em dividendos até 2029

Petrobras anuncia plano estratégico com dividendos de R$ 258 bilhões e investimentos robustos até 2029

Imagem/Reprodução Petrobras
Imagem/Reprodução Petrobras

A Petrobras (PETR3;PETR4) divulgou nesta segunda-feira (18) informações preliminares de seu aguardado plano estratégico para o período de 2025 a 2029. O destaque é a confirmação de um montante mínimo de dividendos de US$ 45 bilhões, equivalente a cerca de R$258 bilhões na cotação atual. Além disso, a estatal prevê distribuir ao menos US$10 bilhões (R$57 bilhões) em dividendos extraordinários ao longo do período.  

As ações da Petrobras reagiram positivamente no pregão, com o papel preferencial (PETR4) registrando alta de 2,50%, enquanto o ordinário (PETR3) subiu 2,57% no fechamento da Bolsa de Valores.  

Investimentos projetados alcançam US$ 111 bilhões 

O novo plano estratégico da estatal, que será oficialmente apresentado na sexta-feira (22), estima US$111 bilhões em investimentos ao longo dos próximos cinco anos, um aumento significativo em comparação aos US$102 bilhões do plano anterior, que abrangia de 2024 a 2028. O mercado esperava uma elevação de cerca de US$13 bilhões a US$14 bilhões, mas o número final superou as expectativas.  

De acordo com a Petrobras, US$77 bilhões do total serão destinados à exploração e produção de petróleo, representando 69% dos investimentos. Apesar disso, o percentual é menor do que o registrado no plano anterior, quando o segmento concentrava 72%. Dentro deste montante, US$7,9 bilhões devem ser alocados para projetos de exploração.  

Produção diária deve alcançar 3,2 milhões de barris 

Entre 2025 e 2029, a Petrobras espera atingir uma produção equivalente de 3,2 milhões de barris de óleo e gás por dia. O plano também contempla investimentos de US$20 bilhões em áreas como fertilizantes, petroquímicos, refino e transporte.  

No entanto, a estatal não revelou valores específicos para projetos voltados à transição energética, como iniciativas de energia limpa ou carbono zero, o que pode ser um ponto de crítica para analistas e investidores.  

Impacto no mercado

Analistas do Goldman Sachs destacaram que o novo plano estratégico traz um “reajuste para cima” nos dividendos da Petrobras. “O patamar de US$45 bilhões, antes visto como um teto, agora é tratado como referência mínima, com possibilidade de pagamentos superiores”, afirmou o relatório do banco.  

A corretora Ativa Investimentos, por sua vez, observou a redução proporcional dos investimentos em exploração e produção de petróleo, mas manteve um tom otimista. “A curva de produção de barris por dia da Petrobras ainda precisa ser detalhada, mas vemos com bons olhos a diversificação em outros segmentos”, pontuaram os analistas da Ativa.  

Nova gestão da Petrobras  

Sob a liderança de Magda Chambriard, engenheira química que assumiu a presidência da estatal, a Petrobras busca conciliar distribuição de proventos robustos com um plano estratégico focado em consolidar sua posição como líder de mercado. A mudança de diretoria, ocorrida no último ano, trouxe expectativas de maior previsibilidade e transparência nas operações da empresa.  

A aprovação final do plano depende do Conselho de Administração da Petrobras, controlado majoritariamente pela União.  

Repercussão no Ibovespa

A reação do mercado financeiro foi imediata. As ações da Petrobras lideraram os ganhos no Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira, impulsionadas pelo otimismo dos investidores com os dividendos e o volume de investimentos anunciado.  

“É um plano sólido que reflete a maturidade da Petrobras em equilibrar retorno ao acionista e investimentos estratégicos”, afirmou Felipe Barbosa, analista de mercado da XP Investimentos.  

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