Bancos e Fintechs

Petrobras (PETR4) anuncia resgate antecipado de US$ 1,2 bi em títulos

Ação visa otimizar a estrutura de endividamento e reduzir custos financeiros da companhia; resgates ocorrerão em dezembro de 2024.

Canal Solar Petrobras investira US 115 bilhoes em biorrefino e energias renovaveis 1
Canal Solar Petrobras investira US 115 bilhoes em biorrefino e energias renovaveis 1
  • Petrobras (PETR4) vai resgatar US$ 1,2 bilhão em títulos externos com vencimentos em 2025 e 2026, visando reduzir seu endividamento
  • A operação tem como objetivo reduzir custos com juros e melhorar a saúde financeira da empresa, com liquidação prevista para dezembro de 2024
  • O resgate antecipa compromissos financeiros, alinhando-se à estratégia da Petrobras de reduzir a alavancagem e aumentar a liquidez

A Petrobras (PETR3; PETR4) anunciou nesta segunda-feira (18) que sua subsidiária integral, Petrobras Global Finance B.V. (PGF), realizará o resgate antecipado de aproximadamente US$ 1,2 bilhão em títulos de dívida emitidos no mercado internacional. A Petrobras irá resgatar os papéis 5,299% Global Notes, com vencimento em 2025, e os 6,25% Global Notes, com vencimento em 2026.

O resgate de parte da dívida externa da companhia visa, segundo a Petrobras, uma otimização de sua estrutura de capital, além de representar uma redução nas despesas com juros. A Petrobras realizará a operação de forma antecipada, demonstrando sua estratégia de reforçar a saúde financeira e reduzir a exposição ao endividamento de longo prazo.

Detalhes do resgate

De acordo com o comunicado divulgado pela Petrobras, o valor total do resgate será de aproximadamente US$ 1,2 bilhão, valor que exclui os juros capitalizados e não pagos. A companhia detalhou também as datas de precificação e liquidação para os dois títulos resgatados:

  • Títulos 6,25% Global Notes (vencimento em 2026): a precificação ocorrerá no dia 18 de dezembro de 2024, com a liquidação programada para 23 de dezembro de 2024.
  • Títulos 5,299% Global Notes (vencimento em 2025): a precificação será realizada no dia 23 de dezembro de 2024, e a liquidação está marcada para 27 de dezembro de 2024.

Esses resgates são parte de uma série de medidas adotadas pela Petrobras com o objetivo de reduzir o custo de sua dívida e melhorar sua liquidez. A companhia tem focado nos últimos anos em reduzir seu endividamento como parte de uma estratégia para melhorar seus indicadores financeiros e aumentar a capacidade de gerar valor para os acionistas.

Estratégia de Gestão de Dívida

A decisão de resgatar títulos com vencimento em 2025 e 2026 está alinhada com a estratégia da Petrobras de melhorar a gestão de seu passivo financeiro. Em um ambiente de juros mais elevados, a companhia tem buscado se livrar de dívidas de longo prazo que possam impactar sua rentabilidade no futuro. Ao fazer esse resgate antecipado, a Petrobras evita o pagamento de juros adicionais e consegue melhorar sua posição financeira para o futuro.

Esses resgates fazem parte de um movimento mais amplo da Petrobras para reduzir sua alavancagem financeira. Nos últimos anos, a empresa tem adotado uma postura mais conservadora em relação a seus níveis de endividamento, especialmente após a crise do petróleo e as dificuldades financeiras enfrentadas no passado. A Petrobras também tem trabalhado na venda de ativos não estratégicos, com o objetivo de concentrar seus recursos nas áreas de exploração e produção, especialmente no pré-sal.

Impacto no Mercado

O anúncio do resgate antecipado de títulos também é um indicativo positivo para os investidores, pois demonstra que a Petrobras está em uma posição financeira mais sólida. O resgate de US$ 1,2 bilhão é um passo importante para reduzir os riscos associados à dívida da empresa e contribuir para a valorização das ações da companhia. No entanto, a reação do mercado dependerá da percepção dos investidores sobre os resultados financeiros da Petrobras no próximo ano e sobre o andamento de seus projetos de exploração.

A Petrobras segue se esforçando para alinhar suas operações com os interesses dos acionistas, buscando tanto a redução do endividamento quanto a maximização da geração de caixa, além de manter um equilíbrio entre sua política de investimentos e a sustentabilidade financeira. O movimento de resgatar títulos antecipadamente reforça essa estratégia e reflete a vontade da empresa em administrar seus compromissos financeiros de forma mais eficiente.