- Servidores do IBGE interromperam atividades nesta terça-feira (15) na unidade da avenida Chile, no Rio de Janeiro
- Um protesto de 24 horas contra a gestão de Márcio Pochmann
- O ato reuniu cerca de 300 funcionários, que se revezaram em discursos e levantaram faixas para expressar suas insatisfações
- Pochmann, indicado por Lula em agosto de 2023, enfrenta críticas pela falta de diálogo e insatisfação entre os servidores
Servidores do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) paralisaram suas atividades nesta terça-feira (15) em uma das unidades do órgão localizada na avenida Chile, no centro do Rio de Janeiro. A interrupção das atividades, programada para durar 24 horas, é um novo protesto contra as decisões da gestão de Márcio Pochmann. Que assumiu a presidência do IBGE em agosto do ano passado, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ato começou pela manhã e reuniu cerca de 300 trabalhadores. Dessa forma, que se revezaram em discursos e ergueram faixas expressando suas insatisfações. A unidade da avenida Chile abriga as principais diretorias do IBGE. Contudo, incluindo as de Pesquisas e Geociências, além da Diretoria de Tecnologia da Informação. Com aproximadamente 700 funcionários vinculados a essas áreas, a paralisação foi convocada pelo núcleo da Assibge, que representa os servidores dessa localidade.
Falta de diálogo
Os manifestantes destacaram a falta de diálogo com a gestão de Pochmann, especialmente em relação à implementação de novas medidas que têm gerado descontentamento entre os funcionários. A direção do IBGE declarou que não recebeu notificação oficial sobre a greve. E, lembrou que, segundo a legislação, os sindicatos devem comunicar com pelo menos 72 horas de antecedência em casos de atividades essenciais.
“Cabe ao IBGE zelar pela lei e o papel democrático das relações de trabalho, para a conclusão, a contento, do plano de trabalho referente ao exercício de 2024”, diz a direção.
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Apesar da paralisação, a divulgação do LSPA (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola), que traz projeções sobre a safra de grãos no país, ocorreu normalmente às 9h, sem interrupções.
A crise interna do instituto se tornou evidente em setembro. Quando diversas reclamações sobre a falta de comunicação e transparência por parte de Pochmann começaram a emergir. Embora a gestão tenha rejeitado as acusações de autoritarismo, o clima de tensão persiste, refletindo a insatisfação dos servidores com as diretrizes e a condução do IBGE.
O ato desta terça não apenas simboliza a resistência dos trabalhadores, mas também evidencia a necessidade de um diálogo mais efetivo entre a administração do IBGE e seus funcionários. No entanto, em busca de soluções que atendam às demandas e preocupações legítimas da equipe.
Márcio Pochmann
Márcio Pochmann é um economista brasileiro e professor, conhecido por sua atuação em temas relacionados ao desenvolvimento econômico e social. Ele foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para presidir o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em agosto de 2023. Pochmann, contudo, tem uma trajetória acadêmica e já ocupou posições em instituições de pesquisa e ensino. Sua gestão no IBGE tem gerado controvérsias e críticas, especialmente em relação à comunicação e à relação com os servidores do órgão.
