Sites de apostas usam matemática para lucrar sobre apostadores, aponta estudo

Apesar dos sites de apostas argumentarem uma porcentagem significativa de 93% do retorno do valor apostado, em média, os apostadores compulsivos tendem a perder todo o valor aplicado no game.

É o que aponta a reportagem publicada pela Folha de São Paulo, que demonstra que essa porcentagem de retorno aos apostadores (denominada de RTP em inglês), embora parece ser alta, significa o pagamento der uma taxa implícita de 7%, caso seja adotado os números divulgados pela entidade patronal IBJR (Instituto Brasileiro de Jogo Responsável). Na análise do BC, o RTP é de cerca de 85%, o que eleva a fatia das empresas para 15%.

Logo, se os apostadores continuarem insistindo, jogando o que receberam como prêmio, a tendência é que a banca abocanhe uma parcela do bolo a cada rodada. Por se tratar de uma projeção estatística, pode haver mudanças, no entanto, de acordo com a reportagem, o modelo de negócio das bets prospera justamente porque elas costumam acertar as contas.

Entenda o modus operandi:

Outro aspecto importante levantado pela reportagem da Folha, é a estatística que está a serviço da banca. O jogador individual não tem dinheiro para jogar infinitamente.

O IBJR ressalta que aposta é “uma atividade de entretenimento, em que o objetivo é se divertir, com a possibilidade de realizar ganhos medianste um pagamento de um tíquete”. Isto é, caberia ao jogar ter a noção da moderação. Sem contar o fator matemático da questão.