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Dismorfia Financeira: o que é? Entenda fenômeno que afeta jovens

Dismorfia Financeira o que e Entenda fenomeno que afeta jovens
Dismorfia Financeira o que e Entenda fenomeno que afeta jovens

Recentemente, o termo dismorfia financeira começou a chamar atenção no mundo da saúde mental e finanças. Veja agora o que significa dismorfia financeira, suas causas, impactos e como os jovens podem superá-la para melhorar sua relação com o dinheiro.

Em meio a um cenário econômico que oscila entre momentos de incerteza e recuperação, o Brasil vem enfrentando uma taxa significativa de inadimplência, afetando quase metade da sua população. Em 2024, um estudo da Serasa mostrou que o país tinha 72,07 milhões de pessoas em situação de inadimplência, o que representa cerca de 2 a cada 5 brasileiros endividados.

Dismorfia financeira, mas o que é e como afeta jovens? saiba porque esse problema é mais comum do que parece.
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Fonte: Serasa 08/10/2024.

Muito disso está ligado ao cenário econômico, mas também há um problema sério acontecendo que está acompanhando essas dívidas: a dismorfia financeira. Essa é uma preocupação crescente, principalmente entre jovens da geração Z e millennials. Muitos se sentem ansiosos sobre sua situação financeira, mesmo quando não enfrentam grandes dificuldades econômicas.

Esse problema muitas vezes é intensificado pelo uso das redes sociais, onde estilos de vida luxuosos e inalcançáveis são constantemente exibidos. Isso pode levar a uma visão distorcida das próprias finanças, resultando em decisões financeiras pouco acertadas ou excessivamente cautelosas.

Confira de perto as principais informações deste artigo no sumário abaixo:

Atualizado por Arthur Piassetta, redator do Guia do Investidor, em 8/03/24.

O que é Dismorfia Financeira?

A dismorfia financeira é uma condição psicológica em que alguém percebe sua situação financeira de maneira excessivamente negativa, mesmo que seja estável. Esse problema é frequentemente observado entre os jovens, que se sentem insatisfeitos mesmo quando possuem o suficiente.

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Isso ocorre porque estão constantemente expostos a imagens de luxo e sucesso nas redes sociais, alimentando a ideia de que precisam alcançar esses padrões rapidamente. No entanto, muitas dessas representações não refletem a realidade, o que pode gerar ansiedade em relação ao dinheiro e uma sensação de inadequação, mesmo quando estão financeiramente bem.

É crucial reconhecer a gravidade da dismorfia financeira, pois pode levar a decisões financeiras prejudiciais, como gastos excessivos para manter uma imagem de sucesso ou evitar investimentos mesmo quando são seguros. Abordar e enfrentar esse problema é fundamental para estabelecer uma relação saudável com o dinheiro.

Causas da Dismorfia Financeira

A dismorfia financeira é um fenômeno complexo com várias causas. Todos os dias, as pessoas veem imagens de luxo e sucesso que parecem fáceis de alcançar. Muitos acabam se sentindo inadequados ao compararem suas vidas reais com essas imagens perfeitas. Além disso, há diversos outros fatores que afetam a nossa relação com o dinheiro:

Redes Sociais

Populismo Penal Midiático

Educação Financeira Distorcida

Teoria da Prosperidade

Juntas, essas causas contribuem para a dismorfia financeira. Elas fazem com que as pessoas vejam sua situação financeira de forma mais negativa do que ela realmente é. Combater esse problema envolve reconhecer essas causas e trabalhar para mudar a forma como pensamos sobre dinheiro e sucesso.

Saiba agora as principais:

Poder Pervasivo das Redes Sociais

As redes sociais se transformaram em uma força poderosa, influenciando como percebemos o sucesso e a riqueza. Elas nos bombardeiam com imagens de luxo e conquistas, muitas vezes distorcendo a realidade.

Esta exposição constante nos leva a crer que todos ao nosso redor vivem vidas de sucesso financeiro, enquanto nós ficamos para trás. Essa percepção distorcida, conhecida como dismorfia financeira, faz com que muitos sintam que não estão à altura.

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A influência das redes sociais nesse contexto é duplamente prejudicial. Primeiro, ela estabelece padrões irrealistas de sucesso financeiro. Segundo, provoca nos usuários uma constante sensação de comparação e insatisfação com suas próprias vidas. Isso pode levar não apenas a sentimentos de inadequação, mas também a decisões financeiras impulsivas, na tentativa de imitar o inatingível.

O Efeito das Notícias Econômicas

A maneira pela qual as notícias econômicas são apresentadas tem um impacto significativo sobre a preocupação financeira sentida pela população. Todos os dias, somos bombardeados com reportagens sobre crises econômicas, aumento nos preços e altas taxas de desemprego. Essa constante exposição a informações preocupantes pode acentuar o medo de enfrentarmos problemas financeiros pessoais no futuro.

Quando as notícias destacam esses problemas sem oferecer contextos ou soluções, podem criar uma atmosfera de pessimismo. Isso leva muitas pessoas a desenvolverem um estado constante de alerta sobre sua situação financeira, mesmo que estejam, no momento, relativamente estáveis.

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Esse excesso de cautela pode, paradoxalmente, impedir que indivíduos tomem decisões financeiras positivas, por medo de arriscar em investimentos ou outras oportunidades que poderiam beneficiá-los a longo prazo.

A Lacuna da Educação Financeira

Muitas vezes, a raiz da dismorfia financeira está na falta de educação financeira durante as fases iniciais da vida. Quando jovens entram na vida adulta sem entender os princípios básicos de como gerenciar seu dinheiro, enfrentam dificuldades significativas.

Saber como fazer um orçamento, poupar e investir são habilidades cruciais para qualquer pessoa. No entanto, sem essas habilidades, surge um grande problema: a dificuldade em controlar as próprias finanças de forma eficaz.

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Além disso, esse vácuo educacional pode fazer com que muitos adotem comportamentos financeiros prejudiciais, como o endividamento excessivo ou o consumo impulsivo, numa tentativa de compensar ou esconder suas inseguranças. Isso cria um ciclo vicioso, onde a falta de conhecimento financeiro leva a decisões ruins, que por sua vez reforçam a dismorfia financeira.

A Ilusão da Teoria da Prosperidade

A teoria da prosperidade introduz uma dimensão adicional ao desafio de entender a saúde financeira, promovendo a ideia de que a riqueza é uma consequência da fé ou destino, minimizando a importância do planejamento estratégico e do trabalho árduo.

Esta visão pode distorcer significativamente a compreensão do que realmente leva ao sucesso financeiro, que é fruto de esforço contínuo, decisões bem pensadas e uma gestão financeira cuidadosa.

Segundo essa teoria, o sucesso financeiro parece estar ao alcance de todos, desde que mantenham uma crença positiva suficiente ou estejam ‘destinados’ a serem prósperos. No entanto, essa noção simplista ignora os reais desafios e complexidades envolvidos na obtenção de segurança financeira.

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Ela subestima a necessidade de educação financeira, de estabelecer metas claras e de adotar um plano de ação coerente para alcançar essas metas.

Reconhecer a ilusão da teoria da prosperidade é fundamental para adotar uma abordagem mais realista e pragmática em relação às finanças pessoais.

Consequências da Dismorfia Financeira

A dismorfia financeira acarreta sérias consequências na vida das pessoas, incluindo a tomada de decisões financeiras inadequadas. Alguns indivíduos têm um medo excessivo de investir, temendo perder tudo, o que os leva a guardar dinheiro sem permitir seu crescimento.

Por outro lado, outros gastam de forma imprudente, comprando itens na tentativa de alcançar uma falsa sensação de sucesso e bem-estar.

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Este problema também tem um impacto significativo no bem-estar mental das pessoas, gerando ansiedade e estresse em relação ao dinheiro. Essas preocupações podem levar a sentimentos de tristeza e nervosismo, afetando não apenas a vida da pessoa afetada, mas também suas relações interpessoais. Amigos e familiares podem perceber sinais de que algo está errado.

Indivíduos que sofrem de dismorfia financeira podem enfrentar dificuldades em se relacionar com os outros. Podem optar por se isolar devido à vergonha de sua situação financeira ou entrar em conflito com as pessoas, uma vez que o dinheiro se torna um assunto delicado e prioritário.

Como Enfrentar a Dismorfia Financeira

Superar a dismorfia financeira é um desafio que exige ação e determinação. O primeiro passo é investir em educação financeira. Aprender sobre orçamento, poupança e investimento ajuda a entender melhor o valor do dinheiro e como usá-lo de forma sábia. Isso pode ser feito através de livros, cursos online ou workshops.

Definir metas financeiras claras e alcançáveis é outro aspecto importante. Isso significa saber o que você quer alcançar com seu dinheiro no curto, médio e longo prazo. Ter metas ajuda a manter o foco e evita gastos impulsivos.

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Praticar gratidão pelos recursos que você já tem também é essencial. Isso ajuda a valorizar o que você possui, em vez de se concentrar no que falta. Reconhecer e agradecer pelo que tem pode mudar a perspectiva sobre a própria situação financeira.

Limitar o tempo passado nas redes sociais pode reduzir a pressão para viver um estilo de vida inatingível. As redes sociais frequentemente distorcem a realidade, criando uma falsa sensação de insuficiência. Estabelecer limites para o consumo desses conteúdos é crucial.

Não Desista!

A dismorfia financeira é um reflexo dos desafios únicos enfrentados pelas gerações mais jovens em um mundo cada vez mais conectado e economicamente instável. Reconhecer a existência desse fenômeno é o primeiro passo para enfrentá-lo.

Ao adotar uma abordagem proativa para a educação financeira, estabelecer metas realistas e limitar a exposição a influências externas negativas, os jovens podem começar a construir uma relação mais saudável e realista com suas finanças, pavimentando o caminho para uma vida mais equilibrada e satisfatória.

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