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100 dias de Lula: veja os altos e baixos do terceiro mandato do presidente até aqui

imagem padrao gdi
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O presidente Lula iniciou uma reunião ministerial para falar sobre os 100 dias de governo do seu terceiro mandato. Em sua fala, destacou os ataques que sofreu em janeiro, chamando de tentativa de golpe, e ressaltou a importância de respeitar os entes federados. Lula ainda falou sobre a necessidade de se manter otimista ao governar e destacou valores empenhados pelo governo até março, além de elogiar o ministro da Agricultura como o “rei do otimismo”.

Ademais, Lula leu uma mensagem preparada sobre os primeiros 100 dias do governo, enfatizando a necessidade de conciliar crescimento econômico com inclusão social e reconstruir o país após anos de ausência de governo. Ele ainda declarou que o objetivo é tornar o Brasil um país sem fome novamente.

Lula ainda destacou a importância da vacinação contra a Covid-19 e afirmou que no palácio presidencial não trabalhará ninguém que não tenha cartão de vacina. Além disso, o presidente enfatizou o papel do governo em investir em áreas essenciais como saúde, educação, moradia e infraestrutura. O presidente também falou sobre o valor empenhado pelo governo até março, que foi de R$ 3,3 bilhões, e elogiou o otimismo do ministro da Agricultura. Em relação aos ataques sofridos no dia 8 de janeiro, Lula afirmou que foi uma tentativa de golpe que marcará o seu mandato.

No entanto, o presidente também destacou que o país não pode acordar pessimista e que é preciso ter consciência da responsabilidade de governar um país, um Estado ou uma cidade. Ele afirmou que o Brasil voltou a ter um governo que se espelha no povo brasileiro e acorda cedo para trabalhar, cuidando dos brasileiros e brasileiras que mais precisam.

Por fim, Lula reafirmou o compromisso do governo em conciliar crescimento econômico com inclusão social e reconstruir o que foi destruído nos últimos anos, tornando o Brasil um país sem fome novamente. As declarações do presidente foram acompanhadas com atenção pelo mercado e pela população, que aguardam por medidas efetivas do governo para lidar com os desafios do país.

Os marcos do terceiro governo Lula

Nos primeiros 100 dias do terceiro mandato do presidente Lula, o governo avançou em diversas áreas, mas enfrentou desafios como a alta da inflação e a crise energética. Entre as medidas implementadas, destaca-se o aumento do Bolsa Família em 50%, a criação do programa Minha Fábrica, Minha Vida, que tem como objetivo incentivar a criação de empregos, e a retomada do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

Além disso, o governo lançou um plano de investimentos em infraestrutura, que prevê R$ 260 bilhões em investimentos até 2027, e criou o Comitê de Estabilidade Fiscal para buscar soluções para o problema da dívida pública. O governo também anunciou a intenção de privatizar algumas empresas estatais, como os Correios e a Eletrobras.

No entanto, o governo enfrentou críticas pela falta de medidas concretas para combater a inflação e a crise energética, e também pela demora na aprovação do novo arcabouço fiscal. Lula não aprovou nenhum projeto no Congresso no início da gestão e deixou de entregar promessas de campanha, além de eleger Banco Central como alvo e reverter marco do saneamento. Outras propostas centrais de Lula na campanha e na transição de governo ficaram pelo caminho, ou foram adiadas.

Na lista de grandes projetos, o governo abriu mão de encaminhar uma nova reforma tributária, proposta que será encabeçada pelos parlamentares a partir dos textos que já estão no Congresso e que ainda não tem apoio para ser aprovada. Entre as medidas populares, o governo não aumentou a isenção do Imposto de Renda e ainda não fez a correção na tabela, como prometeu. Lula havia prometido isentar quem recebe até R$ 5 mil mensais. Agora, o Executivo fala em fazer a mudança de forma gradual, estabelecendo a isenção para quem recebe até R$ 2.640 a partir de maio.

Nos primeiros 100 dias de mandato, o governo do presidente Lula não aprovou nenhum projeto no Congresso e adiou o aumento do salário mínimo para R$1.320, prometido para entrar em vigor no primeiro mês de gestão. As distorções no Imposto de Renda, que cobra menos proporcionalmente dos mais ricos, e as isenções, que ultrapassam R$400 bilhões, ainda não foram abordadas. Além disso, o programa Desenrola, anunciado para renegociar dívidas de endividados, não saiu do papel devido à dificuldade em implementar o software necessário para a renegociação.

Em vez de apresentar realizações, o governo optou por criticar o Banco Central, pressionar pela redução dos juros e ameaçar reverter medidas aprovadas em governos anteriores, como a autonomia do BC, a política de preços da Petrobras e a privatização da Eletrobras. As mudanças no Marco Legal do Saneamento, assinadas por dois decretos do presidente, permitiram a continuidade de contratos sem licitação no setor, beneficiando estatais que não conseguiram comprovar capacidade para entregar água e esgoto tratados para a população nos prazos estabelecidos pela lei aprovada em 2020.

O governo também enfrentou polêmicas em relação à reforma da Previdência e à política ambiental, gerando críticas internas e externas.

Marcos Positivos:

  • Aumento do Bolsa Família em 50%;
  • Criação do programa Minha Fábrica, Minha Vida, que incentiva a criação de empregos;
  • Retomada do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida;
  • Lançamento de plano de investimentos em infraestrutura, com previsão de R$ 260 bilhões em investimentos até 2027;
  • Criação do Comitê de Estabilidade Fiscal para buscar soluções para a dívida pública;
  • Anúncio da intenção de privatizar algumas empresas estatais, como os Correios e a Eletrobras.

Marcos Negativos:

  • Falta de medidas concretas para combater a inflação e a crise energética;
  • Demora na aprovação do novo arcabouço fiscal;
  • Nenhuma aprovação de projeto no Congresso nos primeiros 100 dias;
  • Adiamento do aumento do salário mínimo para R$ 1.320;
  • Distorções no Imposto de Renda, que cobra menos proporcionalmente dos mais ricos, e as isenções, que ultrapassam R$ 400 bilhões, ainda não foram abordadas;
  • O programa Desenrola, anunciado para renegociar dívidas de endividados, não saiu do papel;
  • Críticas internas e externas em relação à reforma da Previdência e à política ambiental;
  • Em vez de apresentar realizações, o governo optou por criticar o Banco Central, pressionar pela redução dos juros e ameaçar reverter medidas aprovadas em governos anteriores, como a autonomia do BC, a política de preços da Petrobras e a privatização da Eletrobras;
  • As mudanças no Marco Legal do Saneamento permitiram a continuidade de contratos sem licitação no setor, beneficiando estatais que não conseguiram comprovar capacidade para entregar água e esgoto tratados para a população nos prazos estabelecidos pela lei aprovada em 2020.