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A Ambev está monopolizando o mercado? O CADE quer explicações

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A venda de cervejas em pontos exclusivos tem sido alvo de investigações do Cade a pedido de concorrentes da Ambev, que se utiliza desta estratégia há vários anos e de maneira ampla.

Representantes comerciais da Ambev comumente oferecem a comerciantes regras especiais e descontos na aquisição de cervejas da empresa em troca da exclusividade no fornecimento de bebida alcoólica.

Maior cervejaria do Brasil e uma das maiores do mundo, a Ambev incorreria em concorrência desleal, segundo os concorrentes.

Em julho, a Superintendência Geral do Cade negou um pedido de liminar da Heineken para que a Ambev suspendesse contratos de exclusividade em alguns pontos de venda. Na ocasião, o Cade negou a solicitação, mas a investigação prossegue porque a Heineken recorreu da decisão.

O Cade pediu que Ambev, Heineken, grupo Petrópolis e Estrella Galícia expliquem suas estratégias de exclusividade com pontos de venda e deem suas opiniões sobre as ações praticadas pela Ambev.

Em março, a Heineken pediu que a autarquia analisasse e suspendesse os contratos de exclusividade da Ambev com alguns pontos de venda considerados premium.

O Cade negou, mas a cervejaria holandesa recorreu. A Heineken alega que o programa de exclusividade com pontos de venda fecha o mercado para as concorrentes da Ambev.

Destaques do 2T22

Ambev (ABEV3) registrou lucro ajustado de R$ 3,0858 bilhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), crescimento de 4,2% em relação aos R$ 2,9627 bilhões no 2T21.

O desempenho, segundo a companhia de bebidas, foi impulsionado pelo crescimento do lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês), parcialmente compensado por maiores despesas financeiras.

O Ebitda ajustado (orgânico) subiu 17,6% na base anual, a R$ 5,538 bilhões, enquanto o reportado avançou 4,7% na mesma base de comparação.

“O crescimento foi impulsionado pelo desempenho da receita, que, conforme previsto, continua a crescer à frente do Ebitda devido aos obstáculos nas commodities que impactam o Custo do Produto Vendido (CPV) e às contínuas pressões inflacionárias”, aponta a empresa.

A receita líquida orgânica teve avanço de 19,6% e a reportada subiu 14,5% na mesma base de comparação, para R$ 17,989 bilhões. A companhia destaca o desempenho do volume e crescimento da receita líquida por hectolitro (“ROL/hl”) de 12,7%.

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