A gigante da tecnologia Apple mantém-se cautelosa quanto a grandes aquisições, apesar de um caixa bilionário e especulações sobre possíveis alvos de compra.
O lento crescimento da Apple e seu caixa de centenas de bilhões de dólares vêm alimentando especulações sobre possíveis grandes aquisições, como a Walt Disney, Netflix, Tesla, Peloton e Sonos. No entanto, a empresa tem se mantido firme em sua estratégia de evitar aquisições extravagantes, diferentemente de concorrentes como Microsoft e Amazon.
A Apple prefere adquirir pequenas startups para impulsionar seus esforços em novos mercados, mesmo que isso leve tempo para gerar resultados.
Com as ações da empresa voltando a se valorizar em 2023, é improvável que a fabricante do iPhone mude sua abordagem histórica. A maior aquisição da Apple até hoje foi a compra da Beats Electronics por US$ 3 bilhões em 2014.
Mesmo com a projeção de desaceleração no crescimento da receita da Apple para 2% no ano fiscal de 2023, a empresa está gastando menos em aquisições.
A companhia destinou US$ 306 milhões para a compra de empresas no ano fiscal de 2022, abaixo dos US$ 1,5 bilhão do ano fiscal de 2020. Em vez de gastar em aquisições, a Apple devolve parte de seu excesso de caixa aos acionistas por meio de recompra de ações e dividendos.
A estratégia da Apple de focar no crescimento orgânico e adquirir startups em vez de grandes aquisições tem se mostrado bem-sucedida, com ações se valorizando e um retorno anual médio de 39% nas últimas duas décadas.
Essa abordagem permite à empresa manter a disciplina e reduzir os riscos associados a grandes aquisições. A continuidade dessa estratégia pode ser crucial para a sustentabilidade e o sucesso da Apple no futuro.