Imobiliária chinesa está sujeita a multa de mais de US$ 500 mi por fraudes em subsidiária.
Após reguladores descobrirem que sua subsidiária mais importante inflou vendas e lucros de maneira fraudulenta nos anos que antecederam o colapso da gigante imobiliária chinesa, Evergrande que já havia declarado falência por não conseguir chegar a consenso em acordo de reestruturação, pode receber uma multa bilionária de mais de US$ 500 mi.
De acordo a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CSRC), Hui Ka Yan, o fundador e ex-presidente da Evergrande, será banido permanentemente de atuar em mercados de valores mobiliários.
Além de Hui, o ex-CEO da Evergrande, Xia Haijun, também será banido dos mercados de forma vitalícia.
A CSRC diz acreditar que a unidade cometeu fraudes financeiras ao reconhecer receitas de forma antecipada, além de exagerar em seus dados de receitas, utilizando o método de contabilizar casas ainda em construção, ou seja, que ainda não haviam sido recebidas por clientes.
Em Setembro do ano passado, a GMT Research, empresa que realiza investigações contábil, questionou o histórico de lucros da Evergrande, apontando mudanças na política da empresa para reconhecer receitas provenientes de vendas de apartamentos.
A imobiliária se defendeu, dizendo que a alegação da GMT carecia de substância e que seus balanços financeiros foram examinados por auditores externos. A Evergrande também atribuiu as mudanças de políticas contábeis à crise de liquidez e perdas de funcionários.
Sobre a Evergrande
A Evergrande decretou falência em 29 de Janeiro, após ter acumulado uma dívida de US$ 300 bilhões, ou R$ 1,47 trilhão, e não chegar a um acordo com seus credores estrangeiros sobre como reestruturá-la.