As ações da Rede D’Or (RDOR3) caíram 8% após a redução da recomendação de ‘compra’ para ‘neutro’ pelo Goldman Sachs. O banco cortou o preço-alvo da ação de R$ 41 para R$ 31, citando um momento mais desafiador para os lucros no curto prazo.
O analista Gustavo Miele disse que suas principais preocupações em relação à tese de investimento são a geração de caixa limitada neste ano, que deve atrasar o processo de desalavancagem da Rede D’Or e a dinâmica desafiadora para os lucros do negócio de hospitais, com as pressões inflacionárias e o baixo pricing power da empresa. Além disso, a Goldman ressalta as perspectivas negativas para a sinistralidade da SulAmérica, apesar do ritmo acelerado com que a companhia vem implementando seus reajustes. A única saída para reduzir a alavancagem, segundo o banco, seria a Rede D’Or revisar seu guidance de expansão para este ano, adiando projetos greenfield e brownfield. O maior upside risk para a tese seriam as sinergias da aquisição da SulAmérica virem maiores que o esperado. Em termos de valuation, a Goldman vê a Rede D’Or negociando a 18x seu lucro estimado para este ano.
O analista ainda destaca que a aquisição da SulAmérica foi um passo importante para a Rede D’Or na estratégia de consolidação do mercado de saúde brasileiro, mas ainda há desafios pela frente. A pressão inflacionária no setor de saúde, a alta sinistralidade das operadoras e a limitação do pricing power da Rede D’Or são fatores que precisam ser levados em consideração na avaliação da companhia.
A queda na ação da Rede D’Or reflete a preocupação dos investidores com as perspectivas de curto prazo da empresa. No entanto, alguns analistas acreditam que a empresa ainda tem potencial de valorização no longo prazo, especialmente se as sinergias da aquisição da SulAmérica superarem as expectativas.
Para os investidores que pretendem entrar na Rede D’Or, é importante avaliar cuidadosamente os riscos e as oportunidades da companhia. A dinâmica do mercado de saúde brasileiro é complexa e pode ser impactada por diversos fatores externos, como mudanças na regulamentação e na política de saúde do governo.