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A Via ainda "vai ver" lucro? Vale a pena comprar as ações?

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O Grupo Casas Bahia, anteriormente conhecido como Via Varejo, passou recentemente por uma série de mudanças significativas, incluindo uma nova mudança de nome e a precificação de seu follow-on. Essas alterações impactaram consideravelmente o cenário das ações da empresa e geraram diversas análises sobre seu futuro.

No pregão de 14 de setembro, as ações do Grupo Casas Bahia (VIIA3) sofreram uma queda acentuada de -19%, após a conclusão do follow-on que foi precificado em R$ 0,80 por nova ação emitida. Esse valor representa um desconto de 28% em relação ao preço de fechamento das ações no dia anterior, o que surpreendeu muitos investidores.

No entanto, a oferta ficou abaixo das expectativas iniciais da companhia, que almejava uma precificação unitária em torno de R$ 1,26 e uma captação que se aproximasse de R$ 1 bilhão. O follow-on acabou movimentando apenas R$ 620 milhões. Mesmo com a entrada de recursos menor do que o planejado pelos gestores, a injeção de caixa é considerada crucial para que o Grupo Casas Bahia continue seu processo de reestruturação operacional e financeira.

A empresa enfrentou uma série de desafios tanto internos quanto externos que afetaram seus resultados e abalaram a confiança do mercado em suas ações. Entre os fatores externos, o principal foi o cenário macroeconômico, especialmente as altas taxas de juros, que comprimiram o consumo da população no país e impactaram negativamente as receitas das varejistas. Além disso, a pressão inflacionária tornou difícil para as empresas manterem margens brutas saudáveis.

Outro desafio veio de questões internas, incluindo “inconsistências” contábeis detectadas recentemente e processos trabalhistas bilionários que ainda afetam os números financeiros da empresa. Além disso, polêmicas relacionadas aos controladores também contribuíram para a deterioração dos resultados e do valor de mercado da companhia. Desde 2021, as ações da varejista já perderam impressionantes -94% de seu valor.

No segundo trimestre de 2023, a empresa registrou um prejuízo de R$ 492 milhões, acumulando mais de R$ 800 milhões em perdas nos últimos 12 meses. No entanto, na mesma divulgação, a companhia anunciou um ambicioso plano de transformação até 2025, com o objetivo de estabilizar suas operações, aumentar a geração de caixa e recuperar sua rentabilidade.

O plano inclui mudanças estruturais, como o fechamento de até 100 lojas e redução de despesas de pessoal e estoques, visando um incremento de mais de R$ 1 bilhão em seu LAIR (lucro antes do imposto de renda) no período. Com o anúncio desse plano, o Grupo Casas Bahia busca se concentrar em seu core business e se tornar um especialista em seu segmento, que inclui eletrodomésticos e móveis.

Para reforçar seu compromisso com essa transformação, a empresa também retomou o icônico slogan “dedicação total a você” e trouxe de volta seu principal garoto-propaganda. A nova gestão por trás dessas mudanças busca reconquistar a confiança de clientes e investidores, visando um futuro mais promissor para seus resultados e ações.

No entanto, é importante ressaltar que a concretização dessas mudanças e o sucesso do plano de transformação até 2025 ainda são incertos. O mercado de curto prazo é altamente imprevisível, e comprar ações a preços baixos na esperança de uma recuperação pode ser arriscado.

Neste momento, o Grupo Casas Bahia não oferece uma visibilidade sólida de longo prazo, o que levou o analista Victor Bueno, da Nord Research, a recomendar que os investidores evitem as ações VIIA3 e, após a mudança de código para BHIA3 em 20 de setembro, também as ações BHIA3.

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