A Apple, já considerada a ação de tecnologia menos desejada em Wall Street, enfrenta um segundo rebaixamento nesta semana devido a crescentes preocupações com as vendas do iPhone. O analista Harsh Kumar, da Piper Sandler & Co., reduziu sua avaliação para a Apple, citando um ambiente econômico desfavorável na China, que impactará a demanda pelos iPhones.
Ambiente Macro na China Impacta as Vendas
Harsh Kumar expressou preocupações com os estoques de smartphones, destacando que as taxas de crescimento atingiram o pico para as vendas unitárias. O rebaixamento reflete a abordagem cautelosa dos analistas em relação à Apple após seu notável ganho de quase 50% em 2023.
Esse rebaixamento segue uma movimentação mais pessimista por parte do Barclays, que reduziu sua classificação underweight na terça-feira (2). Ao iniciar 2024, a Apple já era a ação de tecnologia de grande porte com o menor número de recomendações otimistas, indicando uma postura mais cautelosa dos analistas.
Menor Proporção de Recomendações de Compra
O rebaixamento da Piper Sandler diminui ainda mais a proporção de recomendações de compra da Apple, atingindo uma mínima de três anos. Assim, a relação de recomendações de compra para a Apple está declinando, destacando um cenário mais desafiador para a gigante de tecnologia.
A Apple foi a única grande empresa de tecnologia a registrar uma contração nas receitas nos últimos quatro trimestres. Com projeções de crescimento de receita de 3,6% e expansão de lucros de 7,9% para o ano fiscal de 2024, a empresa enfrenta desafios enquanto lidera a queda de valor em empresas de tecnologia nesta semana.
Cautela em Relação à Apple
Enquanto Wall Street mantém uma postura quase unanimemente otimista em relação às big techs, a cautela persiste em relação à Apple. A empresa atraiu 33 recomendações equivalentes a compra, em comparação com números mais elevados para outras gigantes de tecnologia, como Amazon, Meta Platforms e Nvidia.
Portanto, em meio a um início instável de 2024, a Apple busca superar os desafios e preservar sua posição no mercado de tecnologia.
Zuckerberg vende quase meio bilhão de dólares em ações da Meta
Mark Zuckerberg, fundador e presidente da Meta, realizou a venda de quase meio bilhão de dólares em ações da empresa, responsável pelo Facebook e Instagram, no final do ano passado. Esta transação marca a primeira vez em dois anos que Zuckerberg se desfez de papéis, conforme relata a agência Dow Jones.
Recuperação Expressiva
Após uma correção acentuada em 2022, as ações da Meta recuperaram-se significativamente, quase triplicando de valor. A valorização alcançou 197,8%, ficando apenas 10% abaixo do recorde histórico registrado em setembro de 2021.
A operação não indica necessariamente falta de confiança do executivo na valorização contínua das ações. O plano de venda foi aprovado pela companhia em julho do ano passado, seguindo procedimentos regulares. No momento, as ações da Meta apresentam um aumento de 0,18% na Nasdaq, em Nova York.
Participação e Fortuna de Zuckerberg
Dessa forma, apesar da venda, Zuckerberg ainda mantém uma participação significativa, detendo 13% das ações da Meta. Sua fortuna pessoal continua substancial, consolidando sua posição como a quinta pessoa mais rica do mundo, com uma estimativa de US$ 122 bilhões, conforme levantamento da revista “Forbes”.
Portanto, essa movimentação financeira por parte de Zuckerberg destaca-se em meio ao dinamismo do mercado e ao sólido desempenho das empresas sob a égide da Meta, reforçando a complexidade das estratégias financeiras em um cenário de constante evolução tecnológica.