- Nesta quarta-feira (21), a Oi (OIBR3), que está em recuperação judicial, anunciou que seu conselho de administração aprovou um aumento de capital de R$ 1,39 bilhão
- A Oi obterá o capital adicional através da emissão de 264 milhões de novas ações OIBR3, ao preço unitário de R$ 5,26
- A empresa integrará o montante total mediante a capitalização de parte dos créditos remanescentes detidos por credores quirografários
Nesta quarta-feira (21), a Oi (OIBR3), que está em recuperação judicial, anunciou que seu conselho de administração aprovou um aumento de capital de R$ 1,39 bilhão.
A Oi obterá o capital adicional através da emissão de 264 milhões de novas ações OIBR3, ao preço unitário de R$ 5,26. A empresa integrará o montante total mediante a capitalização de parte dos créditos remanescentes detidos por credores quirografários (sem garantia real). Estes, que optaram pela reestruturação I, conforme estipulado no plano de recuperação judicial da Oi.
“O aumento de capital endereça um dos principais objetivos do plano na medida em que auxilia a promover o fortalecimento da estrutura de capital da companhia, contribuindo para a equalização de seu passivo e superação da atual crise econômico-financeira do Grupo Oi”, declarou a Companhia.
Maior lucro na temporada de balanços
A Oi (OIBR3), atualmente fora do Ibovespa e em recuperação judicial, registrou o maior lucro líquido da temporada de balanços do segundo trimestre de 2024 (2T24), conforme dados da Elos Ayta Consultoria.
A companhia reportou um lucro de R$ 15,06 bilhões, mas esse resultado não reflete uma saúde financeira robusta. O lucro significativo decorre de um fator contábil, especificamente a reversão de prejuízos anteriormente registrados. Quando analisado o lucro antes de juros e impostos (Ebit), a Oi apresentou um desempenho negativo, com um resultado de R$ 585 milhões em prejuízo.
“A companhia reportou um lucro líquido de R$15,1 bilhões, impulsionado por ajustes contábeis relacionados à renovação de dívidas, resultantes do plano de recuperação judicial, que impactaram positivamente o resultado financeiro em R$14,7 bilhões”, apontou a Genial Investimentos, sobre o resultado da Oi.
“Além disso, os juros líquidos totalizaram R$2,3 bilhões, valor que provavelmente também foi favorecido por esses ajustes, considerando que a empresa tem uma dívida líquida de R$6,6 bilhões”, completa.
A empresa
A Oi é uma empresa brasileira de telecomunicações que oferece serviços de telefonia fixa, móvel, internet e TV por assinatura. Fundada em 1998 como Telemar, a Oi, no entanto, é uma das maiores operadoras de telecomunicações do Brasil. E, em 2010, mudou seu nome para Oi após a fusão com a Brasil Telecom.
A empresa é conhecida por sua atuação em todo o território nacional e por seu foco em soluções de telecomunicações tanto para clientes residenciais quanto para empresas. No entanto, a Oi enfrentou dificuldades financeiras significativas nos últimos anos. Assim, levando-a a entrar com um pedido de recuperação judicial em 2016, a maior de sua história no Brasil na época. A recuperação judicial tem sido um processo complexo, envolvendo reestruturação de dívidas e reconfiguração de suas operações e ativos.
Oi (OIBR3) finaliza de forma eficaz a reestruturação de dívida
- A Oi (OIBR3), no entanto, avançou em sua recuperação judicial ao firmar novos instrumentos para financiamento e reestruturação de dívida
- A empresa anunciou a conversão das Notas do DIP Emergencial Original Atualizado em um novo financiamento
- Este, subscrito pelos Credores Opção Reestruturação I
A Oi (OIBR3), no entanto, avançou em sua recuperação judicial ao firmar novos instrumentos para financiamento e reestruturação de dívida. A empresa anunciou a conversão das Notas do DIP Emergencial Original Atualizado em um novo financiamento. Este, subscrito pelos Credores Opção Reestruturação I. Assim, totalizando um valor principal agregado de aproximadamente US$ 601 milhões por meio da emissão de notes.
Além disso, a companhia recebeu um novo financiamento integralmente subscrito pela BGC Fibra Participações S.A., uma afiliada da V.tal. Assim, os acionistas da V.tal controlam a empresa. Esse acordo, estabelecido em 19 de abril de 2024, soma R$ 902,6 milhões e proporciona um reforço significativo na liquidez da empresa, com R$ 758,5 milhões provenientes da subscrição e integralização de debêntures emitidas pela Oi.
Por fim, a reestruturação dos créditos dos Credores Opção Reestruturação I resultou na subscrição de Notas Roll-Up, totalizando um valor principal agregado de aproximadamente US$ 1,334 bilhões. Essa etapa foi crucial para a empresa, pois não apenas permitiu a reorganização de sua dívida. Mas também contribuiu para a melhoria significativa de seu perfil de endividamento.
Com essas operações, a Oi finalizou o processo de reestruturação de sua dívida. O que não apenas fortalece sua posição financeira, mas também proporciona liquidez adicional, alinhando-se aos objetivos delineados em seu Plano de Recuperação Judicial.