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Ações da Tesla caem 12%, perdem US$ 100 bi e Musk comenta

Na quarta-feira, as ações da Tesla caíram 12%, reduzindo seu valor de mercado em quase 100 bilhões de dólares.

Imagem/Reprodução Tesla
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  • Na quarta-feira (24), as ações da Tesla despencaram 12%, resultando em uma perda impressionante
  • Quase 100 bilhões de dólares em valor de mercado
  • Na terça-feira (23), a Tesla, no entanto, anunciou sua menor margem de lucro trimestral em cinco anos

Na quarta-feira (24), as ações da Tesla despencaram 12%, resultando, contudo, em uma perda impressionante de quase 100 bilhões de dólares em valor de mercado. Os investidores reagiram negativamente às recentes declarações do CEO Elon Musk, desencadeando a queda acentuada. Estas, sobre projetos de robôs humanoides e táxis autônomos, que não conseguiram apaziguar as preocupações em relação à redução na margem de lucro da empresa.

Na terça-feira (23), a Tesla anunciou sua menor margem de lucro trimestral em cinco anos. E, assim, reportou um lucro por ação que ficou aquém das expectativas do mercado pelo quarto trimestre consecutivo. O declínio nas ações foi o mais acentuado desde 2020. E o valor de mercado da empresa caiu para pouco menos de 700 bilhões de dólares, um retrocesso significativo em relação ao patamar superior a 1 trilhão de dólares alcançado em 2020. Embora a Tesla continue sendo a fabricante de automóveis mais valiosa do mundo, sua avaliação está fortemente fundamentada nas expectativas dos investidores em relação a futuros lucros. Impulsionados por inovações ainda não lançadas. Os projetos promissores, como os táxis autônomos e os robôs humanoides frequentemente mencionados por Musk, são vistos como motores potenciais de crescimento. Mas a recente queda nos lucros, no entanto, gera dúvidas sobre a capacidade da empresa de alcançar essas metas ambiciosas.

“Todo o entusiasmo de Musk na teleconferência, além do armazenamento (de energia), foi em relação a produtos que não existem”, apontou Jeff Osborne, da TD Cowen.

Fraco desempenho somado à divulgação trimestral

A temporada de resultados do segundo trimestre começou com um pé esquerdo para as empresas mais valiosas de Wall Street. Assim, marcada por fracos desempenhos tanto da Tesla quanto da Alphabet. A divulgação do balanço trimestral da Alphabet, que destacou um aumento significativo nos investimentos, e os resultados desapontantes da Tesla contribuíram para um início turbulento.

As ações da Alphabet, controladora do Google, caíram quase 5%. E a combinação de perdas nas ações da Alphabet e da Tesla provocou uma onda de vendas em Wall Street. As ações da Tesla enfrentaram uma pressão adicional, com a empresa registrando uma queda nas vendas de veículos por dois trimestres consecutivos e adiando o lançamento de modelos de baixo custo que muitos investidores esperavam. Esse adiamento e a falta de novos lançamentos fizeram com que alguns compradores procurassem concorrentes.

Além disso, a Tesla ajustou suas expectativas para os novos modelos de baixo custo. Antecipando uma redução de custos menor do que o previsto anteriormente. A empresa também adiou para outubro um evento esperado em agosto, que deveria apresentar seu tão aguardado táxi-robô.

Na terça-feira, Elon Musk anunciou que o robô humanoide Optimus da Tesla começou a realizar tarefas de forma autônoma em uma de suas instalações e expressou confiança de que a empresa conseguirá lançar veículos autônomos sem supervisão humana no próximo ano. No entanto, ele também havia prometido em 2019 que a Tesla teria uma rede de táxis-robôs em operação até 2020, o que levantou dúvidas entre os analistas.

Os analistas de Wall Street estão céticos quanto à capacidade da Tesla de superar os desafios técnicos e regulatórios necessários para implementar táxis autônomos nos próximos anos. A previsão é que a Tesla possa levar até o final da década para atingir um nível de autonomia total sem intervenção humana.

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