Notícias

Alocação de fundos de investimentos brasileiros no exterior cresceu 292% em cinco anos

imagem padrao gdi
imagem padrao gdi

Em busca de diversificação e redução de riscos, os investidores brasileiros estão aportando cada vez mais recursos fora do país, especialmente, por meio de fundos de investimento. Este movimento fica claro no levantamento realizado pelo sistema de análises financeiras Comdinheiro/Nelogica que aponta que a migração de recursos via fundos de investimentos cresceu 292% nos últimos cinco anos, passando de R$ 89,4 bilhões, em 2018, para R$ 350,9 bi, no mesmo período em 2023.

Filipe Ferreira, diretor da Nelogica responsável por Comdinheiro, explica que a pandemia da Covid-19 acelerou este processo. “Ao longo dos últimos anos, frente a cenários instáveis e incertos, o investidor começou a entender que era preciso algum tipo de diversificação fora do Brasil para diluir riscos”, destaca. Segundo o levantamento, de R$ 138,7 bilhões, em 2020, a cifra relativa à migração de recursos deu um salto de 150% em apenas um ano, alcançando R$ 347,2 bilhões em 2021.

Apesar dos fundos oferecerem essa possibilidade há mais tempo, o executivo pondera que o investidor brasileiro tendia a optar por aplicações apenas no mercado doméstico, sendo pouco aderente, até então, a direcionar recursos para papéis fora do país, comportamento que o mercado descreve como home bias (viés doméstico).

“Esse comportamento é natural, apesar de ser contrário às teorias financeiras de diversificação e redução de ricos, e muito acentuado entre os brasileiros. Juros baixos no Brasil e uma crise sem precedentes, porém, reduziram esse viés e se passou a buscar mais segurança em aplicações vinculadas a dólar e nos Estados Unidos, como é comum no mundo inteiro”, analisa Ferreira.

Sair da versão mobile