O aumento da taxa Selic em 1 ponto percentual já era esperado, tendo em vista a evolução do quadro inflacionário atual e os efeitos decorrentes da guerra na Ucrânia.
No entanto, a Firjan ressalta que a atividade econômica brasileira ainda segue fragilizada e, diante disso, esse aumento de juros já compromete as perspectivas para uma recuperação consistente em 2022.
Vale salientar que as incertezas relacionadas ao arcabouço fiscal de longo prazo têm contribuído para essa conjuntura, com aumento da percepção de risco que, por conseguinte, compromete a retomada da confiança dos empresários e investidores.
Nesse contexto, mesmo diante de um cenário internacional adverso, o país deve evitar medidas compensatórias que piorem o já abalado quadro fiscal brasileiro.
Além disso, para a solidificação de alicerces para o crescimento econômico sustentável, é impreterível o resgate da credibilidade fiscal com a aprovação de reformas capazes de sinalizar a boa conduta no caminho da sustentabilidade das contas públicas.