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Alta nos preços: comer fora de casa fica 70% mais caro

Trabalhador brasileiro já paga sete vezes mais caro para almoçar do que em 2014, quando o preço médio da refeição era de R$ 27,36; Incremento no acumulado do período é de quase dois pontos percentuais acima da inflação

imagem padrao gdi
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Trabalhador brasileiro já paga sete vezes mais caro para almoçar do que em 2014, quando o preço médio da refeição era de R$ 27,36; Incremento no acumulado do período é de quase dois pontos percentuais acima da inflação

Levantamento da Ticket, marca da Edenred Brasil de vale-refeição e vale-alimentação, com base nos indicadores da Pesquisa +Valor, realizada com cerca de 4,5 mil estabelecimentos de alimentação nas cinco regiões do País, mostra que o valor médio gasto pelo brasileiro em refeições fora de casa subiu 70% nos últimos dez anos. Para comer fora na hora do almoço, o trabalhador paga atualmente uma média de R$ 46,60, enquanto em 2014 o preço da refeição completa era de aproximadamente R$ 27,36.

A diferença de acréscimo no preço médio das refeições do período, registrado na pesquisa, teve o crescimento puxado especialmente pelo Sudeste, enquanto as Regiões Sul, Nordeste, Norte e Centro-Oeste apresentaram avanços mais discretos. Nessas quatro regiões, o preço médio das refeições avançou em um ritmo abaixo das correções inflacionárias, uma vez que o percentual do IPCA no acumulado dos últimos dez anos foi de 68,2%.

“Isso demonstra os esforços dos estabelecimentos em não repassar aos consumidores custos extras, mesmo diante dos diversos impactos que sofreram no cenário econômico durante e após a pandemia, com os incrementos no aluguel de espaços físicos e recontratação de profissionais no retorno ao atendimento presencial, por exemplo”, comenta Natália Ghiotto, diretora de produtos da Ticket.

De acordo com dados do IBGE, a série histórica do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresenta um acumulado de 68,2%. Se o preço médio fosse corrigido de acordo com a inflação, a refeição completa estaria custando R$ 46,19 nos estabelecimentos. O IPCA evidencia a trajetória dos preços relativos de alimentos e serviços ao consumidor final e é o principal indicador para a taxa de inflação no País.

 Preço médio em 2014Preço médio em 2023Aumento percentual
 em 10 anos
Preço médio corrigido pelo IPCA
 (as comparações regionais têm como base os dados de inflação nacional)
NacionalR$ 27,36R$ 46,6070,3%R$ 46,19
NorteR$ 26,11R$ 42,2962%R$ 44,08
NordesteR$ 26,98R$ 43,5561,4%R$ 45,55
Centro-OesteR$ 26,09R$ 41,7560,0%R$ 44,05
SudesteR$ 27,76R$ 49,3377,7%R$ 46,87
SulR$ 25,70R$ 42,8166,6%R$ 43,39


A menor variação no preço médio da refeição na última década ocorreu no Centro-Oeste, com aumento de 60,0%. Já o Sudeste foi o que apresentou a maior variação nos últimos dez anos, elevando em 77,7% o custo da refeição.

A Região Sul apresentou o segundo maior aumento, de 66,5%. Na sequência, a Região Norte avançou 62%. O Nordeste, por sua vez, aparece em penúltimo lugar, com aumento de 61,4%.

“Esse levantamento ajuda as empresas a reconhecer a importância dos benefícios de refeição e alimentação para seus funcionários. Para aquelas que já oferecem esses benefícios, representa um indicador do mercado, permitindo ajustes ágeis nos valores oferecidos”, conclui Ghiotto.

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