Americanas negocia venda do Natural da Terra em busca de reestruturação

A Americanas informou que entrou em um período de exclusividade de negociação com um dos interessados que fez uma oferta não vinculante para a compra da rede de hortifruti Natural da Terra. Embora a empresa não tenha revelado a identidade do ofertante, o Valor Econômico havia relatado que a rede de supermercados St Marche estava em negociações com a Americanas para adquirir o Natural da Terra.

O período de exclusividade de negociação terá duração de até 120 dias após o recebimento da proposta, podendo ser prorrogado por mais 60 dias. A Americanas adquiriu o Natural da Terra em 2021 por 2,1 bilhões de reais como parte de sua estratégia de ampliar a recorrência de compra dos consumidores. No entanto, a venda do Natural da Terra faz parte do plano de reestruturação da Americanas, que está em recuperação judicial.

A Americanas também havia considerado vender a rede Uni.co, que opera franquias como Puket e Imaginarium, mas desistiu da venda devido às ofertas recebidas que não refletiam o valor real do ativo.

As ações da Americanas subiram em resposta à notícia, com um aumento de 2,4% no valor. A empresa está passando por mudanças significativas em sua estrutura como parte de sua estratégia de negócios.

Americanas (AMER3), uma das maiores varejistas do Brasil, que atualmente está em processo de recuperação judicial, divulgou detalhes de sua mais recente proposta destinada a avançar nas negociações com seus credores. Essa iniciativa é um passo importante no processo da empresa para se reestruturar financeiramente e superar suas dificuldades financeiras.

A proposta atualizada inclui diversos aspectos que visam a garantir a estabilidade financeira da Americanas e fortalecer sua posição no mercado. Alguns dos principais pontos incluem:

1. Aumento de Capital:

A proposta prevê um aumento de capital de curto prazo no valor de R$ 12 bilhões em dinheiro.
Esse aumento de capital conta com o compromisso dos acionistas de referência da empresa em capitalizá-la, o que é essencial para a recuperação da Americanas.

2. Capitalização de Dívida:

Além do aumento de capital, a proposta também contempla a capitalização de dívida concursal por parte dos credores, no montante de R$ 12 bilhões.
Essa medida é fundamental para reduzir a carga de dívida da empresa e melhorar sua saúde financeira.

3. Emissão de Nova Dívida:

Para refinanciar parte das dívidas concursais existentes, a Americanas planeja emitir nova dívida no valor de R$ 1,875 bilhão.
Isso permitirá à empresa substituir dívidas antigas por novas condições de pagamento, possivelmente mais favoráveis.

4. Recompra de Dívida com Desconto:

A proposta também reserva R$ 8,7 bilhões em dinheiro para a recompra antecipada de dívida concursal com desconto.
Essa estratégia pode ser vantajosa para a empresa, pois permite a redução do montante total da dívida.

A Americanas enfatizou que a proposta continua a incluir o compromisso de pagamento integral das Classes I e IV, bem como alternativas de pagamento diferenciadas para fornecedores, como originalmente previsto no plano de recuperação judicial protocolado em março de 2023.

Essa nova proposta reflete o empenho da Americanas em encontrar uma solução sustentável para sua situação financeira e garantir a continuidade de suas atividades. A empresa está trabalhando em estreita colaboração com seus credores financeiros para chegar a um acordo que seja benéfico para todas as partes envolvidas.

O processo de recuperação judicial da Americanas é acompanhado de perto pelo mercado financeiro e pelos consumidores, dada a importância da empresa no cenário varejista brasileiro. Essa última proposta representa um passo significativo em direção à reestruturação e ao fortalecimento da empresa, o que pode ter um impacto positivo em seu futuro e no mercado como um todo.

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