A Americanas vai falir? O cenário parece cada vez pior para a companhia. No entanto, um importante alívio veio em meio a tempestade que está assombrando a empresa de varejo. A 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, por meio do juiz Paulo Assed, concedeu uma medida de tutela de urgência cautelar a pedido da Americanas (AMER3) contra vencimento antecipado de dívidas. A decisão dá fôlego para a empresa enfrentar uma crise sem precedentes após ter anunciado um rombo contábil de R$ 20 bilhões. Além, disso, pós essa decisão, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) deu 30 dias corridos para a Americanas entrar com pedido de recuperação judicial.
A decisão suspende a possibilidade de um bloqueio, sequestro ou penhora de bens da empresa. Além disso, adia a obrigação da varejista de pagar suas dívidas, fazendo com que a companhia “ganhe tempo”.
O pedido foi feito, segundo a companhia, com o objetivo de propiciar a continuidade das suas atividades empresariais e viabilizar a proteção adequada do grupo Americanas enquanto busca, junto aos seus credores, uma alternativa viável à luz do cronograma de vencimento de suas dívidas financeiras.
O BTG Pactual (BPAC11) entrou neste fim de semana na Justiça para tentar reverter a liminar que protege a Americanas (AMER3) do bloqueio de bens e recursos após a divulgação de um rombo contábil de R$ 20 bilhões, o que joga a dívida da varejista para cerca de R$ 40 bilhões.
O recurso do BTG Pactual para tentar derrubar o bloqueio das execuções de dívidas conseguido pela Americanas e que foi rejeitado ontem pelo desembargador de plantão Luiz Roldão Filho foi redistribuído hoje para a desembargadora Leila Lopes, da 15ª Câmara Cível do TJRJ, informa Lauro Jardim/O Globo. A tendência, segundo a própria defesa do BTG, é que a decisão de ontem seja mantida. O recurso visa a desbloquear R$ 1,9 bilhão que a Americanas deve ao banco.
Com a movimentação, as ações da companhia (AMER3) operam em queda de 36,51%, cotada a R$ 2,00.