Os exames de certificação da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) passarão a incluir, a partir de 11 de julho, temas relacionados aos investimentos ESG (ambientais, sociais e de governança, na sigla em inglês).
A mudança faz parte da agenda da Associação para a sustentabilidade e reflete demandas do próprio mercado para que os exames acompanhem essa evolução.
Os novos temas estarão em todas as certificações da Associação: CPA-10, CPA-20, CEA, CFG, CGA e CGE. As questões terão diferentes níveis de dificuldade, dependendo da certificação que a pessoa busca.
Foram consideradas as características dos investimentos ESG, levando em conta o grau de profundidade com que cada perfil de profissional deve conhecê-los.
“O interesse dos clientes tem aumentado, e eles vêm buscando mais informações sobre produtos que consideram aspectos ambientais, sociais e de governança para compor suas carteiras de investimentos. Por isso é importante garantir que os profissionais de mercado entendam do assunto”, explica Daniel Pfannemüller, gerente de Certificação e Educação Continuada da ANBIMA.
Mesmo com a inclusão de novas questões sobre temas ligados aos investimentos ESG, as provas irão manter a mesma estrutura. Não haverá mudanças no número de questões ou no percentual de acertos necessários para a aprovação.
“Os conteúdos passarão a constar dos exames realizados a partir de 11 de julho, por isso os profissionais que agendarem exames para depois desta data devem levar em conta o programa sobre ESG para se preparar para as provas”, afirma Pfannemüller.
Agenda ANBIMA para ESG
Sustentabilidade é um dos temas estratégicos da Associação. Entre as iniciativas mais recentes está a realização de uma pesquisa para conhecer o entendimento e a maturidade do mercado sobre as práticas ESG; a criação de critérios, via autorregulação, para identificar os fundos de ações e de renda fixa sustentáveis; e o lançamento da segunda edição do Guia ASG, que traz orientações e exemplos para auxiliar os gestores no cumprimento das regras da autorregulação.
Para 2022, a identificação dos fundos sustentáveis será expandida para os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), os FIPs (Fundos de Investimento em Participações) e os multimercados e serão definidas boas práticas de sustentabilidade para as ofertas públicas.