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Qual é o perfil das investidoras brasileiras? Anbima revela pesquisa sobre o assunto

A ANBIMA publicou uma pesquisa em parceria com o Datafolha para descobrir o perfil do investidor brasileiro. Um dos destaques do levantamento falou a respeito das mulheres investidoras. Confira.

imagem padrao gdi
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  • Pesquisa da ANBIMA aponta que o mundo dos investidores ainda é masculino;
  • Caderneta de poupança é o investimento preferido do público feminino.

Mulheres que não investem representam 72% da população feminina do país, enquanto 66% dos homens não são investidores.

O público feminino alega que o principal motivo para não investir é a falta de dinheiro. Os dados fazem parte da 5ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, pesquisa realizada pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) em parceria com o Datafolha, que ouviu 5,8 mil pessoas das classes A, B, C e D/E, de todas as regiões do país.

A pesquisa revela que é maior a participação masculina no mundo dos investimentos. Mulheres que investem são apenas 28% e os homens são 34%. Enquanto 64% das brasileiras não guardam dinheiro de jeito nenhum, entre os homens o percentual cai para 58%.

Entre os principais entraves para conseguir realizar investimentos, para 55% das mulheres está a falta de dinheiro — para os homens esse valor corresponde a 51%. Em seguida, vem o desemprego, com 10% das respostas, enquanto para quem é do sexo masculino esse número é de apenas 6%.

O recorte de gênero é importante para que possamos refletir sobre formas de disseminar mais a cultura de investimento entre as mulheres. A falta de dinheiro para investir, apontado por um número relativamente maior de mulheres do que de homens, reflete também o impacto causado por aspectos socioeconômicos importantes: em média as mulheres recebem salários menores e dedicam mais tempo à família”, avalia Marcelo Billi, superintendente de Comunicação, Certificação e Educação de Investidores da ANBIMA.

Mas quem são as mulheres que investem?

Na outra ponta, as mulheres que investem tendem a ser conservadoras e evitam o risco: 83% delas escolhem a poupança na hora de investir, contra 68% dos homens. Em seguida, com 7% de preferência delas, vêm os títulos privados, como debêntures e CDBs, percentual que para os homens é de 9%.

Enquanto fundos de investimento, moedas digitais e ações na bolsa de valores, investimentos de maior risco são opções para 12%, 11% e 11% dos homens, respectivamente, para elas são 6%, 4% e 3%.

A poupança é um investimento muito popular, a maior proporção de mulheres que preferem essa opção pode refletir uma preferência das mulheres por alternativas menos arriscadas na hora de investir”, anota Billi. “Por isso, a educação financeira é tão importante. Com mais conhecimento acerca dos produtos é possível uma maior diversificação da carteira de investimentos controlando riscos e respeitando o perfil das investidoras.”

Quando se observam de perto as investidoras, percebe-se que elas se concentram nas classes A, B e C, com 85% das mulheres entrevistadas, em um cenário parecido para os homens: 88% — valor dentro da margem de erro de 3 pontos porcentuais.

No caso das mulheres, a classe C responde por quase metade (47%), seguida da classe A e B com 38% e, por último, da classe D/E, com 15%; já para os homens, a classe C representa 43% dos entrevistados; as classes A e B, 45% e D/E, 13%.

Já o principal objetivo que move as mulheres que buscam investir é o de realizar o sonho da casa própria (28%), parecida com a dos homens (30%) — os valores estão dentro da margem de erro, de três pontos percentuais para cima e para baixo.

Fazer uma reserva de emergência e manter os valores aplicados corresponde a 20% das mulheres ouvidas pelo levantamento, valor igual para os homens.

Algumas prioridades mudam quando se comparam as entrevistadas com os entrevistados: para elas viajar pelo mundo e conhecer novas culturas (9%) e fornecer educação para si e para filhos e netos (8%) é mais importante do que investir em negócio próprio (7%) e usar na velhice (6%), enquanto para os homens pensar da aposentadoria (9%) e empreender (9%) passa na frente de viagens (6%) e estudar (6%).

A insegurança para investir é menor nas mulheres que nos homens. Apenas 5% das mulheres não investem por motivos relacionados com insegurança, medo e falta de confiança. (esse dado aqui meio que derruba parte do que sustentaria as aspas sugeridas acima, de que as mulheres aplicam na poupança por serem mais conservadoras).

Entre os homens este percentual é maior e chega a 8% dos entrevistados. Sobre investir em 2022, 43% delas estão dispostas a fazer algum investimento, entre os homens 51% querem investir neste ano.

Sobre o Raio X do Investidor Brasileiro

Esta é a quinta edição da pesquisa Raio X do Investidor Brasileiro, realizada pela ANBIMA em parceria com Datafolha. As entrevistas aconteceram presencialmente entre 9 e 30 de novembro de 2021, com 5.878 pessoas das classes A, B, C e D/E, de 16 anos ou mais, nas cinco regiões do País.

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.

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