As ações da Estapar (ALPK3) deram o que falar no mercado de ações brasileiro nos últimos dias, e o órgão responsável por manter as relações do mercado de capitais, a comissão de valores mobiliários está de olho nisso.
O papel está sendo redescoberto pelos investidores que acreditam que a maior empresa de estacionamento do Brasil já voltou a níveis de receita pré-covid, ainda que a ociosidade física ainda esteja ligeiramente acima. O resultado? as ações engataram um ciclo de alta que excede os 63,49% nos últimos 5 pregões:
Atualmente, a Estapar opera 460 mil vagas em todo o País e vale R$ 608 milhões na Bolsa.
André Esteves (aquele mesmo do BTG) controla a companhia por meio dos FIPs Maranello, Valbuena e Tempranillo, que juntos têm quase 58% do capital.
O segundo maior acionista é um fundo de private equity da Equity International, de Sam Zell, que tem 29% da companhia. Citi, Santander e XP cobrem o papel. O modelo mais atualizado é de maio, do Citi, que tem preço-alvo de R$ 8.
Desempenho do 2T22
Se as especulações estavam a todo vapor com o papel, a Allpark (ALPK3) deu ainda mais motivos para os investidores estarem de olho nos papéis da companhia ao divulgar prévia operacional com receita líquida recorde de R$ 273,7 milhões.
Assim, a companhia apresenta avanço de 55,8% na comparação com o mesmo período de 2021, montante recorde, segundo a companhia.
Os dados fazem parte da prévia operacional, não foram auditados e estão sujeitos a revisão.
O valor, se confirmado, supera a receita de R$ 269,3 milhões registrada entre abril e junho de 2019, período pré-pandemia de covid-19. A rede de estacionamentos destaca que 15,5% das receitas vieram de plataformas digitais, ante média de 12% em 2021 e de 2,9% em 2020, com seu aplicativo próprio e a Zona Azul de São Paulo atingindo 5 milhões de usuários ao fim de junho, alta de 23,3% em um ano.