- A Sabesp anunciou a redução de suas tarifas após concluir o processo de desestatização da empresa
- Os novos valores refletem, no entanto, uma diminuição de 1% na tarifa residencial
- Além de 10% na tarifa social e vulnerável, e 0,5% em outras tarifas
A Sabesp anunciou a redução de suas tarifas após concluir o processo de desestatização da empresa. A partir desta terça-feira (23), os novos valores refletem uma diminuição de 1% na tarifa residencial. 10% na tarifa social e vulnerável, e 0,5% em outras tarifas, que se aplicam exclusivamente à primeira faixa de consumo.
Essa mudança marca o início do contrato de concessão firmado em 24 de maio deste ano com a Unidade Regional de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário (Urae-1-Sudeste). E a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), que atuou como interveniente anuente.
O impacto, portanto, da redução tarifária será modesto no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo João Fernandes, economista da Quantitas, a diminuição, contudo, de 1% na tarifa residencial resultará em uma redução de apenas 0,05 ponto percentual no IPCA.
“Esse efeito é muito pequeno, pois apenas a parte da tarifa residencial será considerada no IPCA”, explica Fernandes.
Laiz Carvalho, economista para o Brasil do BNP Paribas, projeta um impacto de 0,06 ponto percentual no IPCA devido à redução. Ela observa que, como a diminuição afeta exclusivamente as tarifas residenciais, o impacto anual, no entanto, é limitado. Carvalho ressalta que a medida não altera a projeção do banco para o IPCA deste ano, que continua em alta de 4%.
Venda de ações da Sabesp levanta mais de R$ 14,77 bi
- O Estado de São Paulo arrecadou R$ 14,77 bilhões com a venda de ações da Sabesp
- A oferta definiu o preço das ações em R$ 67 cada
- Incluiu a emissão de um lote suplementar de cerca de 28,8 milhões de papéis.
O Estado de São Paulo, no entanto, arrecadou R$ 14,77 bilhões com a venda de ações da Sabesp (SBSP3). Marcando a privatização da maior companhia de saneamento do Brasil. A oferta, contudo, definiu o preço das ações em R$ 67 e incluiu a emissão de um lote suplementar de cerca de 28,8 milhões de papéis.
A operação atraiu uma ampla gama de investidores. Foram 17.572 investidores pessoa física que adquiriram 21.876.433 ações, 390 investidores estrangeiros que compraram 43.292.772 ações, e 1.007 fundos de investimento que obtiveram 38.492.273 ações. No total, a venda envolveu 220.470.000 ações da empresa.
Além disso, a Equatorial Energia (EQTL3), que anteriormente tinha uma presença limitada no setor de saneamento apenas no Amapá, tornou-se um investidor estratégico da Sabesp no final de junho. A Equatorial adquiriu uma participação de 15% na companhia em um investimento de aproximadamente R$ 7 bilhões, sem enfrentar concorrência significativa na transação.
Esta venda não só representa um marco importante na privatização da Sabesp, mas também sinaliza uma nova fase na estruturação e, assim, no perfil de investidores da maior empresa de saneamento do Brasil.
A privatização da Sabesp (SBSP3), contudo, se destaca como a maior oferta de saneamento da história do Brasil. A operação movimentou R$ 14,8 bilhões, com a Equatorial (EQTL3) subscrevendo R$ 6,9 bilhões.
A Equatorial adquiriu 15% da Sabesp a R$ 67 por ação, totalizando 191,7 milhões de ações vendidas, além de um lote adicional de 28,7 milhões de ações, também a R$ 67 cada. A oferta atraiu 310 investidores institucionais.
Na quinta-feira (18), os organizadores alocaram, no entanto, as ações entre os investidores participantes da oferta. A demanda total pelas ações da Sabesp atingiu R$ 187 bilhões, estabelecendo, dessa forma, um recorde para uma oferta pública no Brasil. Dessa demanda, 53% vieram de investidores estrangeiros, enquanto o restante foi de gestoras locais.