O novo presidente argentino, Javier Milei, cumpre promessa de campanha e reduz drasticamente o número de ministérios, buscando eficiência governamental.
Javier Milei, recém-empossado presidente da Argentina, implementou uma das suas principais promessas de campanha ao reduzir o número de ministérios do país de 18 para 9. Este movimento, realizado através de um Decreto Nacional de Urgência (DNU), reflete a intenção de Milei de reestruturar e tornar o governo mais eficiente.
Entre as mudanças significativas está a criação do inovador Ministério do Capital Humano, que combina os ministérios do desenvolvimento social, trabalho e educação. Milei também planeja uma série de reformas econômicas, incluindo a privatização de empresas estatais e a revisão de planos sociais e aposentadorias, que serão discutidas em sua primeira reunião de gabinete.
Reforma Governamental na Argentina: Milei Inicia Mandato com Redução de Ministérios
Javier Milei, o novo presidente da Argentina, começou seu mandato com uma medida significativa, cumprindo uma de suas principais promessas de campanha: a redução do número de ministérios de 18 para 9. Esta ação, realizada através de um Decreto Nacional de Urgência (DNU), é um passo em direção à reestruturação e eficiência governamental prometida por Milei.
Os ministérios remanescentes incluem Interior, Relações Exteriores e Comércio Internacional, Defesa, Economia, Infraestrutura, Justiça, Segurança, Saúde e o recém-criado Ministério do Capital Humano. Este último é uma inovação no governo argentino, combinando os ministérios do desenvolvimento social, trabalho e educação em uma única pasta. O objetivo é abordar de maneira integrada o desenvolvimento dos argentinos em situações precárias.
Milei planeja realizar sua primeira reunião de gabinete para discutir mudanças econômicas estruturais, que incluem a privatização de empresas estatais como a petroleira YPF e a Aerolineas Argentinas, e a revisão de planos sociais e aposentadorias. Algumas dessas medidas exigirão aprovação do Congresso. Outras ações, como a retirada de subsídios de tarifas públicas e a liberação dos preços de combustíveis e planos de saúde, podem ser implementadas sem necessidade de aprovação legislativa.
Esta abordagem de Milei indica uma mudança significativa na gestão governamental na Argentina, com um foco em eficiência e reformas econômicas. Seu governo promete ser marcado por decisões ousadas e potencialmente controversas, visando transformar a economia e a estrutura política do país.
Milei diz que ajuste fiscal é única alternativa para a economia
Javier Milei, fez seu primeiro discurso na frente do Congresso Nacional, onde foi declarado presidente na manhã de domingo (10). Em suas primeiras palavras, ele destacou que no dia se inicia um novo momento em seu país.
“Hoje começa uma nova era na Argentina. Hoje damos por terminada uma longa e triste história de decadência e começamos o caminho de reconstrução do país”, disse ele.
“Os argentinos, de forma contundente, expressaram uma vontade de mudança que já não tem retorno. Hoje enterramos décadas de fracasso e disputas sem sentido. Hoje começa uma nova era na Argentina, uma era de paz e de prosperidade, de crescimento e de desenvolvimento, de liberdade e de progresso”, destacou.
Para uma multidão de pessoas, que vestiam principalmente a camisa da seleção argentina, Milei falou por cerca de 30 minutos e enfatizou que será preciso paciência da população, porque o ajuste fiscal a ser feito deverá ser difícil no início.
“Não há alternativa possível que não seja o ajuste. Logicamente isso vai impactar no nível de atividade, emprego, salários reais e na quantidade de pobres e indigentes. Haverá inflação, é certo. Mas não é algo diferente do que ocorreu nos últimos 12 anos”.
“Há mais de uma década vivemos com essa inflação. Esse será o último momento ruim para começar a reconstrução da Argentina”, disse ele. “Depois desse ajuste macro que vamos impulsionar, a situação começará a melhorar. Haverá luz no final do túnel”, enfatizou.
Esse ajuste na economia, declarou Milei, será feito essencialmente sobre o setor público: “a única possibilidade é o ajuste. Um ajuste organizado, que entrará com força sob o Estado e não no setor privado. Sabemos que será duro”, falou.
Segundo o novo presidente, a Argentina viveu, em seus últimos anos, uma grave crise e uma grande inflação. “Nenhum governo recebeu uma situação pior do que estamos recebendo.”
“Lamentavelmente tenho que dizer uma vez mais: não há dinheiro.”