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Argentina: com Milei, inflação segue em quinta queda consecutiva

Queda na inflação argentina é observada após medidas econômicas do governo Milei e valorização do Bitcoin como proteção.

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Queda na inflação argentina é observada após medidas econômicas e valorização do Bitcoin como proteção.

Relatórios de consultorias e fontes locais indicam uma desaceleração da inflação na Argentina, marcando a quinta semana consecutiva de diminuição dos aumentos de preços. Essa tendência é resultado de medidas econômicas recentes, incluindo a desvalorização do peso argentino e a liberação de preços de produtos.

Embora seja importante notar que a inflação está diminuindo, não há uma queda súbita, apenas uma redução na taxa de aumento dos preços. Em contraste, o Bitcoin tem sido uma proteção eficaz contra a inflação, mantendo ou aumentando o poder de compra para aqueles que o detêm em suas carteiras, mesmo com a recente queda de preço da criptomoeda.

Desaceleração na inflação argentina é uma resposta às medidas econômicas, enquanto o Bitcoin

A Argentina está testemunhando uma desaceleração da inflação pelo quinto período consecutivo, de acordo com relatórios de várias consultorias e o portal de notícias local Ambito. Essa tendência marca um acontecimento raro no país, pois é a primeira vez em anos que a inflação está diminuindo em vez de acelerar.

A melhora está relacionada à diminuição do aumento dos preços, resultante de uma série de medidas econômicas implementadas recentemente, incluindo a desvalorização do peso argentino e a liberação dos preços de diversos produtos. Por exemplo, na terceira semana de janeiro, a inflação em alimentos e bebidas diminuiu para 2,1%, marcando a quinta semana consecutiva de queda após um recorde de 11,5% na terceira semana de dezembro.

Apesar desse progresso, a atenção agora se volta para os preços regulados, que, com o fim do congelamento dos serviços, podem pressionar o índice de inflação em janeiro. No entanto, existe um consenso de que essa taxa será menor do que a de dezembro.

Em contraste, o Bitcoin emergiu como uma proteção eficaz contra a inflação na Argentina. Mesmo com a recente queda de preço da criptomoeda, a valorização desde dezembro de 2023 supera a inflação do mesmo período. Isso significa que aqueles que investiram em Bitcoin conseguiram manter ou até mesmo aumentar seu poder de compra, enquanto a inflação em alimentos e bebidas pressionava o custo de vida.

As projeções para os próximos meses variam entre consultorias, mas todas indicam uma desaceleração significativa em relação aos meses anteriores. Os setores que mais contribuíram para a inflação incluem carnes, bebidas, produtos lácteos e panificação.

Bolsa Argentina dispara 82% com Milei

A Bolsa de Valores da Argentina tem sido marcada por um notável aumento de 82,1% desde a eleição de Javier Milei como presidente. O índice S&P Merval atingiu um novo recorde, encerrando em 1.174.875 pontos com uma alta de 1,31% nas últimas 24 horas. Milei, conhecido por suas visões libertárias, tem implementado uma série de reformas destinadas a transformar o cenário econômico da Argentina.

Uma das medidas mais significativas propostas por Milei foi uma reforma trabalhista que busca flexibilizar as relações de trabalho e reduzir os custos das empresas. No entanto, essa reforma enfrentou um revés temporário devido a uma decisão judicial que a suspendeu.

Além disso, o governo de Milei também anunciou uma redução nos gastos com assistência social, eliminando mais de 27 mil beneficiários após identificar irregularidades nos pagamentos.

Entretanto, essas mudanças não têm ocorrido sem desafios. A Argentina enfrenta uma hiperinflação, atingindo um índice de 200%, o mais alto desde 1990. O plano do governo de Milei prevê o equilíbrio fiscal até o final do ano, buscando pôr fim à emissão monetária que financiou o déficit até então.

A presidência de Milei tem sido marcada por decisões ousadas e uma abordagem econômica radical, que está impactando profundamente os mercados financeiros e a economia argentina como um todo. O futuro econômico do país permanece incerto, com debates sobre os impactos de tais reformas em longo prazo.

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