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As piores ações da Bolsa? Enjoei e Getninjas recebem downgrade

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Nesta terça-feira, o JP Morgan rebaixou a recomendação das ações da Enjoei e Getninjas, duas empresas de tecnologia que recentemente entraram na Bolsa de Valores, e agora são consideradas micro caps. Essa mudança impactou negativamente os preços das ações, com a GetNinjas apresentando uma queda de quase 5% e a Enjoei registrando uma perda de 8% no início da tarde.

O banco justificou o downgrade argumentando que ambas as empresas devem continuar apresentando EBITDA negativo este ano e ter um crescimento fraco, na tentativa de controlar o consumo de caixa. O JP Morgan observou que os resultados do primeiro trimestre das duas empresas foram decepcionantes: a Enjoei viu uma queda de 11% em seu GMV (Gross Merchandise Value, valor bruto de mercadorias), em comparação com o mesmo período do ano anterior, enquanto a GetNinjas registrou um crescimento de receita de apenas 1%.

Segundo o analista Marcelo Santos, o controle rigoroso dos gastos com marketing deve limitar a expansão do faturamento das empresas, uma vez que elas buscam preservar o caixa ao longo do ano. A projeção do JP Morgan é que a Enjoei cresça 11% este ano, e a GetNinjas, 8%. No entanto, ambas as empresas devem continuar com EBITDA negativo, apesar dos esforços de controle de gastos. O JP Morgan estima um EBITDA negativo de R$ 21 milhões para a Enjoei e R$ 34 milhões para a GetNinjas. Além disso, as duas empresas devem continuar consumindo caixa, com estimativas de R$ 36 milhões para a Enjoei e R$ 23 milhões para a GetNinjas.

Apesar das avaliações negativas, o JP Morgan destaca que as empresas possuem um “valor escondido” em suas posições de caixa líquido, que supera o valor de mercado atual. Na Enjoei, a posição de caixa líquido é equivalente a R$ 1,50 por ação, enquanto a empresa é negociada a R$ 1,30. Já na GetNinjas, essa discrepância é ainda maior, com R$ 5,30 por ação em comparação com os R$ 3,70 atuais.

No entanto, o banco não enxerga catalisadores de curto prazo para desbloquear valor nessas empresas. O crescimento é limitado, as margens são negativas e o caixa continua sendo consumido. Além disso, não se espera dividendos ou recompras significativas, pois as empresas buscam preservar capital. A baixa liquidez também diminui a atratividade dessas ações.

No mesmo relatório, o JP Morgan também manteve uma recomendação “neutra” para a Westwing, citando projeções fracas para os resultados deste ano, como queda de 15% no GMV, queda de 16% na receita e um EBITDA ajustado negativo de R$ 49 milhões. A Westwing possui uma posição de caixa líquido

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