Equipe chefiada por Idalicio Silva será responsável pela nova família de investimentos, que começa com FIDC de R$ 75 milhões
A AZ Quest, uma das maiores e mais tradicionais gestoras independentes de fundos do Brasil, anuncia a chegada de uma nova equipe para atuar no mercado de fundos Agro. O primeiro produto estreia em julho e será um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) fechado, com R$ 75 milhões já captados. Além disso, a AZ Quest já planeja a emissão de um Fundo de Investimento em Agronegócio (FIAGRO), focado no público de investidores pessoa física, que conta com isenção de imposto de renda e com meta de retorno esperada de CDI+5%.
A nova equipe será comandada por Idalicio Silva, que trabalhou com alocação de renda fixa e crédito e na mesa proprietária dos bancos Bradesco e BV, e com estruturação de crédito agrícola (CRA) na Ecoagro. Foi secretário especial adjunto de desestatização, desinvestimento e mercados, no Ministério da Economia, atuando também como coordenador do programa de desestatização do Governo Federal.
“A entrada no Agro segue a nossa estratégia de oferecer um cardápio cada vez mais variado aos investidores, diversificando as opções de fundos. Vamos apresentar aos investidores e parceiros um produto consistente, com excelente relação risco/retorno”
diz Walter Maciel, CEO da AZ Quest.
“É o primeiro de uma série de investimentos que faremos na classe de investimentos alternativos, que trazem passivo de longo prazo e complementam a nossa prateleira já extremamente diversificada de fundos de investimentos.
Este novo fundo Agro da AZ Quest conta com o apoio e suporte técnico da XP Investimentos.
“A XP hoje é a líder em investimentos no mercado Agro e na geração de negócios do Agro Business. Ela tem uma expertise muito grande no setor e, como nossa sócia minoritária, nos ajudou a analisar e estruturar este novo fundo e toda a estratégia para futuros lançamentos”
continua Maciel.
Os fundos Agro podem ser subdivididos em três modalidades, que deverão em breve compor a carteira da AZ Quest. Além do crédito, existem também o imobiliário, de compra e venda de terras, e o de participações em empresas, semelhante aos private equities.
“Optamos pelo crédito para começar o investimento em Agro seguindo um modelo próprio da AZ Quest. Quando este modelo amadurecer, poderemos partir para outros e abrir o leque de opções”
projeta o CEO da AZ Quest.
O novo fundo começa com uma carteira pulverizada. O resultado não depende de uma única cultura e nem de uma microrregião, o que protege o investidor da exposição a algum tipo de intercorrência climática, por exemplo.
“Optamos por um portfólio diversificado, com empresas que têm menos riscos, nas áreas de sementes, fertilizantes, defensivos e logística. Nosso time reúne um conjunto de habilidades bastante singular com modelagem estatística, crédito, estruturação, jurídico e de campo. Todos tem capacidade de originação de ativos. É o nosso diferencial.”
explica Silva.
Outro exemplo da atratividade do Agro, o mercado de fertilizantes alternativos cresce na casa de dois dígitos anualmente desde 2016. Tem boas margens, potencial de crescimento grande e uma cadeia pulverizada que proporciona capilaridade na distribuição. No ano passado, antes mesmo da guerra na Ucrânia, já havia uma sinalização de que seria preciso investir neste insumo e o conflito só acelerou este processo. Por isso, o mercado brasileiro acabou não sendo tão afetado.
“O Agro tem vários setores e alguns deles são menos habituados com o mercado financeiro. Os produtores de insumos e commodities entendem muito bem do próprio negócio, são excelentes empreendedores, o que traz a demanda por investimento profissional na área. Por isso, decidimos seguir por este caminho, que começou com a chegada do Idalicio”
diz Laurence Mello, gestor de crédito da AZ Quest.