Bank of America elogia medidas do governo argentino de Milei, prevendo ajuste fiscal e acordo com FMI.
O governo de Javier Milei na Argentina, que completou recentemente um mês, recebeu elogios da equipe de estratégia do Bank of America (BofA). Segundo os estrategistas, o governo argentino implementou medidas positivas, incluindo um robusto ajuste fiscal, uma desvalorização cambial significativa, uma rápida acumulação de reservas e um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O governo estabeleceu uma meta de ajuste fiscal de 5% do PIB para 2024, com 3% provenientes de cortes de despesas e 2% de medidas de receitas. O BofA acredita que pelo menos 70% do ajuste pode ser feito sem a necessidade de aprovação do Congresso.
Bank of America elogia medidas econômicas do governo de Milei na Argentina
O governo de Javier Milei na Argentina, que completou recentemente um mês no cargo, está ganhando elogios da equipe de estratégia do Bank of America (BofA). Segundo os estrategistas financeiros, o governo argentino demonstrou um início promissor, implementando uma série de medidas econômicas positivas.
Uma das principais realizações do governo de Milei é o robusto ajuste fiscal que foi anunciado. O governo estabeleceu uma meta de alcançar um ajuste de 5% do PIB até 2024, com 3% do PIB provenientes de cortes de despesas e 2% por meio de medidas de receitas. O BofA acredita que, surpreendentemente, pelo menos 70% desse ajuste pode ser realizado sem depender da aprovação do Congresso, o que demonstra a determinação do governo em tomar medidas rápidas e decisivas.
Outra medida importante foi a desvalorização cambial, que teve um impacto positivo na estabilização da situação financeira do país. A equipe do BofA observa que essa desvalorização cambial, combinada com a persistência de controles de capital, permitiu uma acumulação significativa de reservas cambiais, totalizando US$ 3 bilhões. O banco espera que, com a gradual liberalização do câmbio, a diferença entre a taxa oficial e a taxa paralela de câmbio diminua para 20%, impulsionando ainda mais a economia.
Além disso, o governo argentino conseguiu chegar a um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o que é visto como um passo positivo para atrair apoio político e investimentos estrangeiros. Embora haja desafios, como a alta inflação, o BofA acredita que a proposta de desindexação enviada ao Congresso pode ajudar a controlar os preços e promover a estabilidade econômica.
Argentina: Milei reafirma intenção de fechar o Banco Central
O fechamento do Banco Central continua sendo uma das principais propostas do presidente argentino. Anteriormente, a suposta indicação para chefiar o BC, Santiago Bausili, havia dito que a instituição não teria um fim sob sua liderança.
O fechamento do Banco Central teria implicações significativas para a economia argentina. Sem uma autoridade monetária, o país perderia a capacidade de controlar taxas de juros, taxas de câmbio e imprimir dinheiro. Além disso, o BC desempenha um papel crucial na fiscalização do mercado financeiro e de outras instituições bancárias.
Milei também expressou sua intenção de dolarizar a Argentina, substituindo o peso pelo dólar norte-americano. Isso transferiria as decisões monetárias para o Federal Reserve dos Estados Unidos, afetando a autonomia econômica do país sul-americano. Vale ressaltar que a União Europeia considera países sem fiscalização monetária como paraísos fiscais.
Embora países como Micronésia, Andorra e Mônaco não tenham bancos centrais devido ao seu tamanho populacional reduzido, o Panamá, por exemplo, adotou o dólar como moeda oficial sem estabelecer um banco central. Entretanto, isso não se aplica a todos os casos de dolarização, já que países como Equador e El Salvador mantêm suas autoridades monetárias mesmo após adotarem o dólar.
Portanto, a posição de Milei levanta questões sobre a estabilidade e autonomia econômica da Argentina. O fechamento do Banco Central e a dolarização apresentam desafios significativos, e o debate sobre essas propostas continua a polarizar a opinião pública e especialistas econômicos. O futuro da política econômica argentina permanece incerto diante dessas propostas radicais.