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Banco Central quer integrar IA e monetização de dados ao Pix

Banco Central do Brasil planeja integrar inteligência artificial e monetização de dados ao Pix, Drex e Open Finance.

banco central economia 0413202011
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O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, anunciou recentemente que a instituição está avançando na integração da inteligência artificial e da monetização de dados com os blocos de inovação já existentes, como o Pix, Drex, Open Finance e a Internacionalização da moeda. Essas adições visam transformar o sistema financeiro brasileiro, oferecendo aos cidadãos maior acesso e controle sobre seus recursos financeiros e dados pessoais.

Atualmente, o Pix, Drex, Open Finance e a Internacionalização da moeda compõem os quatro pilares fundamentais da agenda de inovação do Banco Central do Brasil (BCB). Contudo, para o futuro, os planos envolvem a expansão dessas ferramentas com a inclusão de novos blocos voltados para a inteligência artificial (IA) e a monetização de dados. Campos Neto revelou que o BCB já iniciou pesquisas com IA, destacando a inauguração do Centro de Excelência de Ciência de Dados e Inteligência Artificial (CdE IA) em 30 de agosto de 2024.

Expansão da Agenda de Inovação do BCB

Durante uma palestra no Conexão 50 – Encontro de Líderes de Franchising, promovido pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) em São Paulo, Campos Neto abordou o impacto da inflação, a política monetária e os planos futuros da agenda de inovação do BCB. Ele destacou que a integração dos novos blocos de IA e monetização de dados visa aumentar a eficiência do sistema financeiro, proporcionando uma experiência mais dinâmica e segura para os usuários.

Segundo Campos Neto, a integração da inteligência artificial e da monetização de dados ao Pix, Drex e Open Finance ainda está em fase de desenvolvimento, sem uma data específica para implementação. No entanto, a criação do CdE IA demonstra que o BCB está comprometido em avançar rapidamente com essas inovações. O centro tem como objetivo fomentar a evolução e aplicação da ciência de dados e IA dentro da instituição, alinhando-se às melhores práticas internacionais e ao Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação 2020-2025.

Centro de Excelência em IA e suas funções

O CdE IA foi criado para atuar de forma consultiva e propositiva, com uma comunidade de práticas formada por especialistas sob a coordenação do Departamento de Tecnologia da Informação do Banco Central (Deinf). Haroldo Cruz, Chefe do Departamento de Tecnologia da Informação do BC, afirmou que o intuito é aumentar a eficiência e a produtividade dos processos internos, utilizando IA de maneira segura e governada. “Nosso intuito é aumentar a eficiência e a produtividade nos processos de negócio do BC utilizando ferramentas inovadoras, especialmente com o emprego de inteligência artificial, de forma segura e governada”, destacou Cruz.

O centro terá a responsabilidade de sugerir diretrizes de governança para o desenvolvimento e uso seguro de IA, além de propor requisitos para produtos e serviços que utilizem IA generativa. O CdE IA também deverá sugerir um programa permanente com ações de capacitação em ciência de dados e IA para os servidores do BC, garantindo que todas as áreas da instituição estejam preparadas para lidar com as novas tecnologias.

Impacto na inovação e governança do Banco Central

Eduardo Weller, Chefe-Adjunto do Deinf, ressaltou que todas as áreas do BC estarão representadas no CdE IA, com servidores técnicos envolvidos nas atividades do centro. Isso assegura que a adoção de IA e ciência de dados seja integrada de forma abrangente e alinhada aos objetivos estratégicos da instituição. A intenção é que essas tecnologias aprimorem a capacidade analítica e preditiva do BC, tornando o sistema financeiro mais robusto e preparado para os desafios futuros.

A monetização de dados, outro bloco a ser integrado, visa transformar a maneira como as informações financeiras são geridas, oferecendo novas oportunidades de inovação e geração de valor. Ao combinar IA com monetização de dados, o BCB pretende não apenas aprimorar os serviços já existentes, como o Pix e Open Finance, mas também explorar novas fronteiras na relação entre consumidores, dados e serviços financeiros.

O futuro da inovação financeira no Brasil

Os planos do Banco Central para integrar IA e monetização de dados aos sistemas financeiros refletem um compromisso com a inovação e com a modernização do setor. A integração dessas tecnologias permitirá ao BCB oferecer soluções mais ágeis e personalizadas, melhorando a experiência do usuário e aumentando a segurança e a transparência no manejo dos dados financeiros.

Com o novo Centro de Excelência em IA já em operação, o Banco Central avança em sua agenda de inovação, posicionando o Brasil na vanguarda das inovações financeiras globais. À medida que o BCB continua a explorar e implementar essas novas tecnologias, espera-se que o sistema financeiro brasileiro se torne ainda mais dinâmico, seguro e acessível, beneficiando cidadãos e empresas em todo o país.