A Natura & Co (NTCO3) comunicou ao mercado há pouco que a BlackRock atingiu participação acionária de 5% na companhia. Ou seja, com pouco menos de 69,1 milhões de ações ordinárias e recibos de depósito (ADRs).
Assim sendo, a gestora detém ainda 2,2 milhões de derivativos referenciados em ações ordinárias com liquidação financeira, representando 0,16% do total.
De acordo com formulário de referência divulgado pela companhia em 13 de junho, não especificava a participação da BlackRock.
Logo, a gestora afirmou que sua participação tem objetivo de investimento na Natura, sem intenção de alterar sua composição de controle ou estrutura administrativa.
Natura (NTCO3): prejuízo da empresa aumenta mais de 4 vezes no 1T22
A Natura (NTCO3) registrou prejuízo líquido de R$ 643,1 milhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22). Isto é, o que representa um crescimento de 314,4% em relação ao mesmo trimestre de 2021, quando teve perdas de R$ 155,2 milhões.
Assim sendo, o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado caiu 38,1% no 1T22. Ou seja, totalizando R$ 595,9 milhões.
Além disso, a receita líquida somou R$ 8,253 bilhões entre janeiro e março deste ano. Isto é, um recuo de 12,7% na comparação com igual etapa de 2021.
Já a margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) ajustada atingiu 7,2% no período. Ou seja, baixa de 3 pontos percentuais (p.p.) frente a margem registrada em 1T21.
Assim, a empresa atribui o recuo da margem devido principalmente às pressões de custo e inflação e desalavancagem de vendas na Avon na América Latina e naThe Body Shop.
Segundo a Natura, o trimestre também foi impactado pelo aumento da inflação que afetou os gastos discricionários nos principais mercados. Além disso, pelas pressões de custos na cadeia de suprimentos e os primeiros efeitos da guerra na Ucrânia.
Mais detalhes sobre os resultados da empresa
Em relação ao lucro bruto, este totalizou R$ 5,307 bilhões nos três primeiros meses de 2022. Isto é, uma redução de 13,4% em relação ao mesmo trimestre de 2021.
Assim sendo, a margem bruta foi de 64,3% no 1T22. Ou seja, retração de 0,5 p.p. na comparação com igual etapa de 1T21.
Diante disso, a dívida líquida da companhia ficou em R$ 7,646 bilhões no final de março de 2022. Ou seja, uma elevação de 54,4% em relação ao mesmo período de 2021.
Logo, o indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 2,13 vezes em março/22. Isto é, elevação de 0,95 vez em relação ao mesmo período de 2021.