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Bolsas caem em NY por preocupações com o mercado de trabalho

Bolsas de NY recuam devido à queda nas ações relacionadas ao petróleo e preocupações com o mercado de trabalho.

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Bolsas de NY recuam devido à queda nas ações relacionadas ao petróleo e preocupações com o mercado de trabalho.

As bolsas de Nova York começaram o dia em alta, impulsionadas pelos dados de emprego do setor privado dos Estados Unidos, divulgados pela ADP, que apontaram sinais de desaceleração no mercado de trabalho e reforçaram as expectativas de que o Federal Reserve (Fed) poderia encerrar seu ciclo de aperto monetário.

No entanto, o otimismo inicial foi rapidamente abalado pela forte desvalorização dos papéis relacionados ao petróleo.

Queda no mercado de petróleo pressiona índices de Wall Street

As bolsas de Nova York enfrentaram um dia de altos e baixos, com a volatilidade sendo impulsionada por uma série de fatores econômicos e de mercado. Inicialmente, os índices de Wall Street abriram em alta, à medida que os investidores reagiram positivamente aos dados de emprego do setor privado dos Estados Unidos, divulgados pela ADP. Esses dados mostraram sinais de desaceleração no mercado de trabalho, o que levou muitos a acreditar que o Federal Reserve (Fed) poderia considerar encerrar seu ciclo de aperto monetário.

No entanto, o otimismo inicial logo deu lugar a preocupações quando os preços do petróleo entraram em queda acentuada. Isso impactou diretamente as ações relacionadas ao setor de energia e petróleo, contribuindo para a reversão dos ganhos iniciais nas bolsas. O Dow Jones caiu 0,19%, fechando aos 36.054,43 pontos, enquanto o S&P500 perdeu 0,39%, encerrando aos 4.549,34 pontos, e o Nasdaq recuou 0,58%, chegando a 14.146,71 pontos.

Além disso, os rendimentos dos Treasuries, que são considerados um indicador-chave das expectativas de inflação e crescimento econômico, tiveram movimentos mistos. O juro do T-bond de 30 anos caiu a 4,224%, enquanto o da T-note de 2 anos subiu a 4,603%, e o da T-note de 5 anos cedeu a 4,1209%, enquanto o da T-note de 10 anos caiu a 4,126%.

Em meio a essas oscilações, a gigante tecnológica Apple, que recentemente alcançou um valor de mercado de US$ 3 trilhões, fechou o dia com uma queda de 0,57%. O mercado continua atento às movimentações do Fed e às flutuações no mercado de petróleo, que podem influenciar os rumos das bolsas nos próximos dias.

Dados de emprego nos EUA e entrada de recursos no Brasil impulsionam queda do dólar

O dólar registrou uma nova queda hoje, influenciado por eventos tanto no cenário internacional quanto no doméstico. Um fator-chave para a desvalorização da moeda norte-americana foi o relatório produzido pela ADP, que revelou uma geração de empregos no setor privado dos Estados Unidos em novembro que ficou aquém das expectativas do mercado.

Esse dado é significativo porque geralmente funciona como uma prévia do relatório oficial de empregos dos EUA, conhecido como “payroll”, que será divulgado na sexta-feira. A fraca criação de empregos aumentou as especulações sobre o futuro da política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA. Muitos analistas agora preveem que o Fed pode considerar cortes nas taxas de juros em 2024, uma vez que os dados de emprego não estão atingindo as metas esperadas.

No cenário doméstico, os operadores também destacaram a entrada de recursos nos mercados financeiros brasileiros. Houve um fluxo positivo de investimentos tanto na bolsa de valores quanto na renda fixa, o que pressionou ainda mais o dólar para baixo.

Vale ressaltar que, apesar dos esforços do Banco Central do Brasil em cortar a taxa básica de juros, conhecida como Selic, o atual ritmo de redução de 0,5 ponto percentual por reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) ainda mantém o diferencial de juros atraente para investidores estrangeiros. Como resultado, o dólar à vista fechou o dia com uma queda de 0,47%, sendo cotado a R$ 4,9024. Além disso, o dólar futuro para janeiro apresentou um declínio de 0,63%, com valorização a R$ 4,9115.